Entretenimento Steve McQueen ganha importante retrospectiva no CCBB em março De 16 de março a 11 de abril, o Centro Cultural Banco do Brasil Brasília apresenta a mostra Steve McQueen – The king of cool, que abaliza a trajetória de um dos principais fenômenos da indústria cinematográfica de todos os tempos, influenciando uma leva de atores e também artistas da música e da animação, e que comemoraria 91 anos (dia 24 de março) – uma forma de lembrar o imenso legado do ator, já que ano passado não foi possível comemorar seus 90 anos com a mostra. Sob curadoria do jornalista, crítico e diretor de cinema Mario Abbade e produção da BLG Entretenimento, a mostra exibirá 29 produções, entre filmes e documentários, sobre o astro. Além da filmografia, apresentada em sessões presenciais no formato digital, haverá também na programação atividades on-line como debate, aula magna, palestra, lives e sessões com recursos de acessibilidade (audiodescrição, legenda descritiva e interpretação em libras). E ainda um plus: playlist no app spotify com as músicas dos filmes estrelados por McQueen. Todas as sessões presenciais, as atividades on-line e o acesso aos filmes com acessibilidade serão gratuitos. O projeto é patrocinado pelo Banco do Brasil e a mostra passa também pelos CCBBs Rio de Janeiro e São Paulo. Apelidado de ‘The king of cool’ (em português seria algo como ‘rei dos descolados’), Steve McQueen (24/03/1930 – 07/11/1980) é lembrado por seus personagens icônicos e seu estilo único. O ator ficou marcado por papéis de anti-heróis no cinema, como o ladrão de luxo Thomas Crown, o policial Frank Bullitt e o jogador de poker Cincinnati Kid. Desta forma, virou uma espécie de símbolo da contracultura nos Estados Unidos, em oposição aos mocinhos tradicionais do cinema. O talento de McQueen, porém, não se limitava a atuar: ele foi um grande ícone da moda masculina que influenciou milhões de homens ao longo de décadas. Realizar uma mostra que reunirá os 26 filmes estrelados por McQueen – com direito a 3 documentários sobre sua vida e obra – é proporcionar ao público de Brasília a chance de (re)ver, analisar e discutir a importância de Steve McQueen e seu estilo de atuação para o cinema e outras artes. Entre os filmes que serão exibidos estão ‘Sete homens e um destino’, ‘Fugindo do Inferno’, ‘Crown, o magnífico’, ‘Bullit’, ‘Papillon’, ‘Inferno da torre’, entre outros sucessos. Os documentários ‘Steve McQueen’ (Steve McQueen: Man on the edge), de Gene Feldman, ‘Eu sou Steve Mcqueen’ (I am Steve Mcqueen), de Jeff Renfroe, e ‘Steve McQueen: A essência do formidável’ (Steve McQueen: The essence of cool), de Mimi Freedman estão na programação. A importância da mostra se mede não só pelo grande público fã de McQueen pelo mundo, mas também admiradores de cinema em geral, haja vista que o ator foi dirigido por importantes cineastas como Robert Wise, Sam Peckinpah, Peter Yates, Norman Jewison, John Sturges, Don Siegel, entre outros. Segundo o curador, a mostra Steve McQueen – The king of cool serve tanto ao estudo da arte cênica quanto à análise de um fenômeno da cultura. “O ator faz parte de uma linhagem de nomes que constituem marcos da arte dramática, e é preciso que a sua filmografia seja observada e analisada sob essa perspectiva”, avalia Mário Abbade. Nomes do cinema como Colin Farrell, Kevin Costner, Pierce Brosnan e Bruce Willis o apontam como herói e inspiração para se tornarem atores. A lista de citações sobre McQueen vai longe: inclui o longa de Quentin Tarantino “Era uma Vez em Hollywood”, a animação “Os Simpsons” e o seriado “House”. O ator foi citado em listas de importantes revistas como a Premiere e a Empire como uma das maiores estrelas do cinema de todos os tempos. “McQueen era um ícone tão forte que se sentiu à vontade para dizer não a diretores como Coppola, Spielberg e Milos Forman, recusando convites milionários e papéis com que outros profissionais sonhavam, como os de Apocalypse Now e Um estranho no ninho”, diz Abbade. O reflexo da influência de Steve McQueen na cultura também pode ser medido no mundo da música. Os Rolling Stones falam dele em “Star star”. Sheryl Crow compôs a canção “Steve McQueen” homenageando o ator. Outra letra em tributo ao king of cool, que também leva seu nome, é a da banda Drive-By Truckers, que anuncia o que ele significou para muita gente: “Quando eu era menino, eu queria crescer para ser Steve McQueen”, diz a letra. McQueen também é citado em músicas de artistas consagrados como Leonard Cohen, R.E.M., Beastie Boys, Blur, Boy George e Elton John, entre muitos outros, e deu nome a um disco da banda Prefab Sprout. ATIVIDADES EXTRAS Proporcionar ao público uma maior proximidade com o ícone Steve McQueen é uma das premissas da mostra que terá as seguintes atividades extras de forma virtual: Debate sobre a vida e a obra do homenageado; aula magna com o tema “Steve McQueen – O Arquétipo do Anti-Herói de Poucas Palavras”, com o curador Mario Abbade e o ator Eriberto Leão; palestra “A narrativa cinematográfica em imagens – O que está por trás de cada cena”; e a exibição de dois filmes com recursos de acessibilidade: audiodescrição, legenda descritiva e interpretação em Libras, com acesso gratuito pela plataforma Wurlak.com. A programação contará também com lives mediadas por Abbade e playlist com as trilhas sonoras dos filmes estrelados por McQueen. LIVES Dia 17/03, às 19h, com o crítico de cinema Ricardo Largman Dia 31/03, às 19h30, com a crítica de cinema Tatiana Trindade *Todas as Lives serão mediadas pelo curador Mario Abbade e acontecerão nas redes sociais do CCBB. DEBATE: STEVE MCQUEEN, VIDA E OBRA Dia 03/04, às 19h, no canal do Banco do Brasil, no Youtube. Com a crítica de cinema Jessica de Paula e o pesquisador Chico Malta. Mediação do curador Mario Abbade. PALESTRA: A NARRATIVA CINEMATOGRÁFICA EM IMAGENS – O QUE ESTÁ POR TRÁS DE CADA CENA Dia 27/03, às 15h, com o curador Mario Abbade. Inscrições gratuitas na plataforma Sympla, com transmissão via Zoom. Vagas limitadas. Duração 60 minutos. Aos participantes será oferecido certificado. A palestra pretende mostrar a importância da imagem desde clássicos do cinema até filmes mais herméticos, até porque alguns cineastas escolhem não desenvolver a trama por meio de diálogos, e sim por imagens e mise-en-scéne (expressão francesa que está relacionada com encenação ou o posicionamento de uma cena), deixando espectador menos atento em dúvida sobre o que está acontecendo na narrativa. AULA MAGNA: STEVE MCQUEEN – O ARQUÉTIPO DO ANTI-HERÓI DE POUCAS PALAVRAS Dia 20/03, às 14h. Inscrições gratuitas na plataforma Sympla, com transmissão via Zoom. Vagas limitadas. Duração 120 minutos. Aos participantes será oferecido certificado. A atividade, ministrada pelo curador Mario Abbade em parceria com o ator Eriberto Leão, tem como proposta abordar os diferentes métodos de interpretação. Por meio de exercícios teóricos e práticos, o aluno poderá descobrir e vivenciar essas escolas de pensamento sobre a arte de atuar. FILMES COM RECURSOS DE ACESSIBILIDADE: A BOLHA ASSASSINA E FUGINDO DO INFERNO Dia 24/03, às 13h. Os filmes ficarão disponíveis para visualização até as 23h59 do dia 30/03. “A bolha assassina”, primeiro trabalho de Steve McQueen no cinema, e “Fugindo do inferno”, um dos filmes mais famosos do ator, serão programados na plataforma de streaming Wurlak com os 3 recursos de acessibilidade juntos: Interpretação em Libras, Legenda Descritiva e Audiodescrição. O acesso é gratuito via plataforma Wurlak.com. Os interessados deverão se cadastrar, sem custo, para poder conferir os filmes. OBS.: Aqueles que optarem por assistir via smartphone ou tablet, o recomendado é que faça download do aplicativo do serviço de streaming, que está disponível nas versões para IOS e Android. Facebook Comments Redação Compartilhar AnteriorSkol e Wesley Safadão lançam competição para encontrar novo hit do forró PróximoLockdown: museus foram fechados a partir deste sábado (27) 26/02/2021