Arte Senado celebra 200 anos com exposição interativa e imersiva Tecnologia, pesquisa e resgate histórico se unem na exposição “Senado 200 Anos: Conectando Passado e Futuro” que está em montagem no Salão Negro do Congresso Nacional Em celebração aos 200 anos do Senado Federal, está sendo montada, no Salão Negro do Congresso Nacional, a exposição de arte que integra tecnologia, pesquisa e resgate histórico. Intitulada “Senado 200 Anos: Conectando Passado e Futuro”, a produção do evento mobilizou diferentes setores da Casa e integra o calendário de ações do bicentenário do Senado Federal. A mostra será inaugurada na terça-feira (10), às 15h, e traz como destaque parte de um vitral que pertenceu ao Palácio Monroe. A exposição está ambientada numa caixa cenográfica de aproximadamente 200 metros quadrados e é dividida em quatro eixos temáticos: Império, República, Ditadura e Redemocratização. Cada eixo oferece uma visão detalhada dos debates, decisões e personalidades que foram fundamentais na construção da nação. Os visitantes serão transportados para dentro dos eventos que marcaram a história do Senado e do Brasil em um ambiente interativo e imersivo que combina tecnologia e informação. Por meio de painéis giratórios, de projeções mapeadas, de animações interativas e de telas sensíveis ao toque, além de conteúdos de realidade aumentada ativados por QR Code, os visitantes poderão acessar depoimentos, relatos, documentos e maquetes virtuais que contam a história da Casa ou apresentam fatos marcantes da história. A coordenadora do Museu do Senado (Comus), Maria Cristina da Silva Monteiro, destaca a importância histórica da exposição e o diferencial de inovação com que o material será apresentado “É a primeira vez que a gente apresenta uma exposição com tanto uso de tecnologia aqui no Salão Negro do Senado Federal e a gente espera um grande público para prestigiar este trabalho”, explica. O público terá à disposição visitas guiadas diárias, com duração de cerca de meia hora, com acessibilidade (audioguias e monitores habilitados em Libras) e nos idiomas português, espanhol e inglês, que também poderão ser agendadas por escolas e grupos com até 55 pessoas. Resgate e reconhecimento Desde a fundação, no período do Império, o Senado passou por três diferentes sedes. A primeira foi o Palácio do Conde dos Arcos, que ficou conhecido como o “Paço do Senado”, localizado no Campo da Aclamação, antigo Campo de Sant’Anna, no Rio de Janeiro. A segunda sede do Senado foi o Palácio Monroe, onde o Senado funcionou a partir de 3 de maio de 1925. O prédio foi projetado em 1904 e assinado pelo engenheiro Francisco de Souza Aguiar, para concorrer na Exposição Mundial de Saint Louis, nos Estados Unidos. Recebeu a medalha de ouro na exposição, onde competiu com outros 50 projetos de outros países. O edifício foi inaugurado em 23 de julho de 1906, na abertura da 3ª Conferência Pan-Americana e batizado em homenagem ao presidente norte-americano James Monroe. Na última sessão no Palácio Monroe, realizada às vésperas da transferência da capital para Brasília, em 1960, os senadores se emocionaram com a despedida do Rio de Janeiro, mas, também, do prédio. O Palácio foi demolido em 11 de outubro de 1975. Partes do palácio sobreviveram ao desmonte. É o caso do vitral com a representação alegórica da Proclamação da República, desenhado por Henrique Campos Cavaleiro e executado pela firma Formenti e Cia, em 1930, e que agora deve ser exposta ao público pela primeira vez. Um memorando de 2017 conta a história de como a peça voltou para o Senado. O vitral havia sido adquirido por uma família à época da demolição e estava encaixotado há mais de 20 anos no bairro Del Castillo, no Rio de Janeiro. Além do vitral, os lustres originais do Palácio Monroe estarão expostos. O Senado tem três modelos de lustres diferentes da época, eles são de ferro e latão, adornados com cristais e medem mais de 1,8 metros de altura. Um de cada está exposto no Salão Negro. Ao todo, estima-se que o Senado mantenha a guarda de 22 peças, guardadas em mais de 16 caixas. Desde 2015, a Casa trabalha na recuperação dos itens. As peças do Palácio Monroe agora expostas estão sob os cuidados da equipe do Núcleo de Preservação de Acervos Físicos (NPreserva), que integra a Secretaria de Gestão da Informação e Documentação (SIGIDOC). O núcleo também foi o responsável pela restauração das peças e montagem delas na exposição. O gestor do NPreserva, Roberto Grosse, conta que os vitrais passaram por restauros, higienização e acomodação especial para a exposição. “A recuperação dos vitrais é um verdadeiro resgate da memória institucional do Senado Federal. A equipe preparou junto com a serralheria uma estrutura metálica para acondicionar e poder expor os vitrais ao público com toda segurança”, comenta. A exposição Senado 200 Anos: Conectando Passado e Futuro fica no Salão Negro de 10 de setembro a 10 de dezembro de 2024, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. Gratuita e aberta ao público em geral. 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