Bem-Estar Outubro Rosa: escrita terapêutica pode auxiliar no bem-estar geral de mulheres com câncer Segundo especialista, a prática é uma poderosa ferramenta de autoexpressão para organizar emoções Quando se trata de saúde da mulher, um dos principais temas abordados é o câncer de mama. Essa doença é debatida ao longo de todo o ano, mas a campanha do Outubro Rosa reforça a importância da conscientização e prevenção. No entanto, o momento do diagnóstico positivo é muito delicado e pode acentuar problemas emocionais, como ansiedade e depressão. Por isso, para ajudar nesse processo, uma das alternativas para deixar o tratamento mais leve é a escrita terapêutica, que ganha cada vez mais espaço na medicina. De acordo com a escritora e mentora de escrita de mulheres Lella Malta, a escrita é uma poderosa ferramenta de autoexpressão para organizar emoções e ressignificar experiências como, por exemplo, a de um diagnóstico de câncer de mama. “O enfrentamento da doença, que quase sempre é doloroso e traumático, pode se tornar suportável a partir do momento que a paciente o integra a sua biografia, abrindo espaço para a recuperação, reescrevendo sua história como verdadeira protagonista”. Lella explica que esse tipo de tratamento consiste em escrever livremente sobre nossas emoções, sem se preocupar com estrutura do texto, rimas ou regras gramaticais. A escritora conta que o intuito é de que ela ocorra de maneira natural para que as emoções possam ser organizadas fora do corpo. O impacto do diagnóstico do câncer de mama é devastador para a maioria das mulheres. Alguns fatores implícitos ajudam a compreender o estigma que envolve o tratamento da doença. A escrita expressiva é uma prática simples e que pode ser uma importante aliada na recuperação dessas pessoas: “Pacientes que fazem da escrita um hábito, costumam apresentar melhora na autoestima e na autoconfiança, além de se sentirem mais confortáveis diante do diagnóstico e esperançosas no período de recuperação”, registra Lella Malta. “Esse tipo de escrita pode ser usado em momentos de estresse, de luto, de depressão ou ansiedade. Não substitui, mas complementa o tratamento psicoterapêutico”. Pensando nisso, Lella coordena o projeto “Escreva, garota!”, que tem em sua essência o incentivo e orientação às mulheres que escrevem. O clube exclusivo oferece vários benefícios, como saraus e encontros sobre escrita afetiva, e promove uma troca estimulante e produtiva entre suas integrantes – que hoje já passam de cem, distribuídas em 5 países diferentes. O objetivo é claro: empoderar e promover o bem-estar das mulheres por meio da escrita. Facebook Comments Hendy Miranda Compartilhar AnteriorGastronomia na CASACOR: Marie Cuisine, Minimalize Café e Bar BRB são as atrações da edição de 30 anos da mostra PróximoTalk show reúne mulheres em fase de superação do câncer de mama e médicos especialistas para tratarem do tema 10/10/2022