Destaques OMS desaconselha comemorações de fim de ano: infectologista comenta o assunto Victor Bertollo, médico infectologista, destaca os cuidados com o novo Coronavírus que já vitimou mais de 170 mil brasileiros. Para ele, o impacto das festas pode trazer ainda mais danos A Covid-19 trouxe muitas mudanças, entre elas, o isolamento social, que tornou nossos dias ainda mais difíceis, pois foi preciso abdicarmos da presença dos amigos e familiares. E embora a pandemia ainda não tenha passado, muita gente já voltou ao seu ritmo, seja no trabalho, ou mesmo em festas e confraternizações. E é aí que mora o perigo. Na última terça-feira, 23 de novembro, a Organização Mundial da Saúde, a OMS, pediu para que as pessoas renunciem às festas de Natal e Ano Novo. Para a entidade, juntar muitas pessoas em meio a uma segunda onda eminente de Coronavírus pode ser um risco para a disseminação da doença, que já matou mais de 170 mil brasileiros. Victor Bertollo, médico infectologista do Hospital Anchieta de Brasília acrescenta que evitar esse tipo de aglomeração é certamente a opção mais segura para a grande maioria das famílias. “Apesar de estarmos todos cansados das restrições sociais impostas pela pandemia já há quase um ano, é fundamental se manter cauteloso nesse momento, em especial considerando a elevação recente no número de casos no país”, diz o especialista. Ele acrescenta que fazer as festas pode trazer consequências graves, assim como acontece agora em diversos países europeus. “Caso essa tendência permaneça, é plausível imaginar que nos próximos meses algumas cidades precisarão voltar a impor medidas de isolamento social mais restritivas, com a possibilidade inclusive da implementação de um novo lockdown em regiões específicas”, pontua. Bertollo também destaca outro fator. “As celebrações natalinas, além de promoverem aglomerações, habitualmente são eventos sociais envolvendo várias gerações de familiares, colocando indivíduos jovens em contato com indivíduos idosos”, detalha. De acordo com o médico, esse contexto é particularmente preocupante por colocar em contato uma população com elevado risco de infecção (jovens) com uma população com elevado risco de complicações e óbitos (idosos e pessoas com morbidades). E quem mesmo assim quiser continuar com as festas? Dr Victor adiciona que para aqueles que insistirem em realizar as celebrações, as seguintes medidas poderão mitigar o risco de contaminação: 1- Realizar quarentena de 14 dias antes da celebração para todos os que comparecerão ao evento 2- Escolher locais bem arejados, preferencialmente em ambientes externos 3- Manter uma distância mínima de 2 metros entre os participantes 4- Evitar falar sem o uso de máscaras 5- Evitar contato físico 6- Higienizar frequentemente as mãos com álcool em gel 70% ou água e sabão 7- E de forma alguma compartilhar pratos, talheres ou copos. Facebook Comments Redação Compartilhar AnteriorRoyale: Fernando Peixoto Atelier lança coleção de noivas inspirada na realeza francesa PróximoPrimeiras impressões: novas tendências fora da zona de conforto na primeira edição 100% digital do SPFW 30/11/2020