Entretenimento O impacto da pandemia do coronavírus na indústria cinematográfica Após a pandemia mundial de Covid-19, os cinemas fecharam, as datas de lançamento foram adiadas, os festivais de cinema foram cancelados e a produção paralisou O 25º filme de James Bond, da MGM, infelizmente, de certo modo, chamado de Sem Tempo para Morrer, teve seu lançamento, que seria em abril, adiado para novembro. Um Lugar Silencioso – Parte II da Paramount, Mulan da Disney, Viúva Negra da Marvel e Mulher Maravilha 1984 da DC também foram adiados. Enquanto eles disputam pelos melhores lugares no outono, os filmes menores estão explorando outras opções. A Universal recentemente se tornou o primeiro estúdio tradicional a quebrar a exclusiva janela do cinema, disponibilizando três lançamentos atuais – Emma, O Homem Invisível e A Caçada – para serem assistidos em casa imediatamente, em vez de 90 dias depois. Isso irritou os proprietários de cinemas que andam lutando por anos para impedir que as plataformas de streaming façam o mesmo, mas mais estúdios seguiram o exemplo, incluindo a Pixar com o filme Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica e a Warner Brothers com Aves de Rapina: Arlequina e Sua Emancipação Fantabulosa. Quando a crise terminar, o lançamento simultâneo de filmes nos cinemas e sob demanda poderá se tornar comum. Pode ser ainda pior para aqueles que estão no meio de uma produção. Até o momento, a pandemia interrompeu pelo menos 34 filmes e 144 séries de TV. Entre os filmes, estão incluídos lançamentos de grande orçamento, como A Pequena Sereia, Matrix 4, Jurassic World 3, The Batman, com Robert Pattinson, e The Prom, dirigido por Ryan Murphy, estrelado por Nicole Kidman e Meryl Streep. Entre as séries, incluem-se várias, desde O conto de Aia, Euphoria até Stranger Things e Boneca Russa. O custo de pressionar o botão da pausa e manter a equipe pode ser astronômico (até 350.000 dólares por dia para a Disney, de acordo com o The Hollywood Reporter), e o verdadeiro impacto do encerramento pode não ser sentido por meses. Uma lacuna na programação, tanto nas telonas quanto nas telinhas, parece estar a caminho. Será que devido a toda essa crise causada pela pandemia e onde todos estão isolados via streaming e a permanência nele se torna a nova saída ao entretenimento, será que ainda desejaremos a experiência causada pelas telonas assim que a crise terminar? Parte da resposta pode ser encontrada na China, onde o surto parece estar recuando e os cinemas estão reabrindo lentamente. Em 20 de março, 486 cinemas foram abertos, mas a receita nacional atingiu menos de 2.000 dólares. Nas regiões costeiras de Fujian e Guangdong, nenhum bilhete foi vendido. Após meses de quarentena, o público pode precisar de um tempo a fim de recuperar a confiança para voltar aos cinemas, mas também é possível que essa pandemia leve a indústria cinematográfica a um futuro mais digital – acelerando uma transição já em andamento na última década. O cinema vai durar, é claro, mas em qual formato? Ninguém ainda pode dizer. Facebook Comments Redação Compartilhar AnteriorDia das Mães: Brahma convidou Zeca Pagodinho para comandar live com time de sertanejos Próximo"No Filter." Isolada em Nova York, Naomi Campbell bate-papo com personalidades em seu canal no YouTube 10/05/2020