Arte Museu de Arte de Brasília apresenta ‘O fio que conecta’ de Isabella Despujols De outubro de 2023 a janeiro de 2024, o Museu de Arte de Brasília (MAB) recebe a mostra “O fio que conecta“, da artista venezuelana radicada em Lavras (MG) Isabella Despujols. Com oito obras em médio e grandes formatos, a artista apresenta um recorte de sua produção em pintura com acrílica e bordado em abstrações geométricas que flertam com a Op Art e a arte cinética. Suas obras fazem parte de coleções privadas e de instituições públicas como o Instituto Inhotim (MG) e o FAMA Museu (SP). A mostra “O fio que conecta” é uma realização do Jackie Shor Projects com o apoio do MAB. A visitação é de quarta a segunda, das 10h às 19h. A entrada é gratuita e livre para todos os públicos. O MAB fica no SHTN, trecho 1, Projeto Orla, pólo 3, lote 5 / Brasília – DF. Instagram @museudeartedebrasilia. Graduada em Belas Artes pela Miami International University of Art and Design, Estados Unidos (2014) e Bacharel em História da Arte pela Universidade de Palermo, Buenos Aires, Argentina (2020), conviveu com as obras de mestres latino-americanos da arte cinética e Op Art, os venezuelanos Carlos Cruz-Diez e Jesús Rafael Soto, suas principais referências nas artes plásticas. “Na universidade estudei especificamente a pintura. Aprendi técnicas para trabalhar a pintura por camadas, criando tons de cores a partir dos que já tinha”, afirma a artista que pela primeira vez apresenta sua produção em Brasília. “O principal foco do meu trabalho é o estudo do comportamento da cor em relação a cor do fundo e o das outras linhas”, afirma Isabella Despujols. “A geometria sempre foi a minha linguagem visual predileta, e a arte cinética sempre foi uma referência muito próxima para eu estudar e elaborar”, ressalta a artista. A curadora Cinara Barbosa, que assina o texto de apresentação de Despujols para a mostra em Brasília, afirma que a artista conecta-se a suas vivências formativas para desenvolver uma investigação e técnica próprias. “Conecta-se à uma produção referencial em sua formação como Carlos Cruz-Diez e Jesús Rafael Soto confirmando princípios que abdicam da representação figurativa. Em busca de uma plasticidade sutil e ao mesmo tempo pulsante, mistura processos de pintura no fundo para ressaltar cores. Cria nuances de relativa profundidade construindo jogos de formas geometrizadas em suas composições e atribuindo outras visualidades à tradição do bordado”, escreve Barbosa. A respeito da entrada da linha e do bordado em sua produção, Despujols diz que a linha e o bordado entraram em sua produção quando trabalhava em uma série de abstrações inspiradas nos tecidos. “Comecei imitar a linha do tecido com a pintura. Só que pensei que ia ficar mais interessante a obra, se misturasse a linha. Passei então a bordar de forma autodidata junto com o uso da tinta. Depois, percebi que com a linha eu conseguia “pintar” como se fosse tinta”, continua. “A linha tem a versatilidade suficiente como para trabalhar com camadas, misturar cores, e criar efeitos ópticos, próprios das obras cinéticas que eu tanto admirava. Com os anos, fui aperfeiçoando a técnica que eu mesma desenvolvi de bordado até chegar à proposta que estou trabalhando atualmente e que espero continuar desenvolvendo”, diz. Atualmente, Despujols desenvolve uma série que tem como principal fonte de inspiração o cinetismo e o Op Art. “Busco gerar a sensação de movimento através das cores e da locação das linhas na composição”, completa. Facebook Comments Redação Compartilhar AnteriorParkShopping festeja a Semana da Criança com múltiplas opções para a garotada Próximo'Baixa Terapia, Uma Comédia no Divã', com Antonio Fagundes, se apresenta em Brasília neste fim de semana 10/10/2023