Entretenimento Ganhadeiras de Itapuã: Viradouro é a grande campeã do Carnaval do Rio em 2020 Escola contou a história das Ganhadeiras de Itaupã, quinta geração de lavadoras de roupa na Lagoa do Abaeté Disputado décimo a décimo, o título de escola campeã do Carnaval do Rio de Janeiro em 2020 ficou com a Unidos do Viradouro, que levou para a Marquês de Sapucaí o enredo “Viradouro de alma lavada”. A escola de Niterói contou a história das Ganhadeiras de Itapuã, quinta geração de lavadoras de roupa na Lagoa do Abaeté. Os carnavalescos Marcus Ferreira e Tarcísio Zanon resgataram a bravura das escravas de ganho do Abaeté, que trabalhavam para comprar a alforria de parentes e amigos. Esse foi o segundo título da Viradouro, que tem 73 anos de história – a primeira conquista aconteceu em 1997. Na apuração das notas, realizada na tarde desta quarta-feira (26), a Viradouro somou 269.6 pontos, assim como a Grande Rio, que buscava um título inédito, mas levou a melhor no critério Evolução, apontado como desempate. A Grande Rio levou à avenida o enredo “Tata Londirá – O canto do caboclo no Quilombo de Caxias”. No trabalho dos carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora, a escola contou a história de João Alves Torres Filho, o babalorixá Joãozinho da Gomeia, que virou um ícone do candomblé no Brasil. Em terceiro ficou a Mocidade Independente de Padre Miguel, com 269.4, mesma pontuação da Beija-Flor, quarta colocada. Até o último quesito da apuração, as escolas se alternavam na liderança. Estácio, em 12º, e União da Ilha, em 13º lugar, foram rebaixadas para o grupo de acesso em 2021. Assista ao desfile na íntegra da Unidos do Viradouro: Disputa acirrada Portela, Viradouro, Unidos da Tijuca, Vila Isabel e Salgueiro foram algumas das escolas que mais empolgaram o Sambódromo no desfile deste ano. A Portela desfilou quando já amanhecia, mas empolgou o público que ainda lotava as arquibancadas. À luz dos primeiros raios do sol, as cores das fantasias e os efeitos que os carros espelhados se destacaram, assim como as belas baianas de azul. A escola contou como era o Rio de Janeiro antes da chegada dos descobridores portugueses e fez crítica à destruição da natureza. Apesar de chamar atenção por suas críticas sociais, a Mangueira fez uma apresentação morna e não empolgou a plateia como acontece tradicionalmente. Tanto o público como os integrantes da escola tiveram dificuldade de cantar o samba-enredo “A verdade vos fará livre”, que trouxe Jesus de várias formas em carros alegóricos impressionantes. A Mangueira teve também a má sorte de desfilar logo após a Viradouro, cujo samba tinha levantado o público na arquibancada. Fotos: Marcelo Brandt Facebook Comments Redação Compartilhar AnteriorBaile da Arara reúne famosos com tema circense em Santa Tereza PróximoGoticália: festa gaúcha promove edição no Outro Calaf 26/02/2020