Entretenimento Feira de fotografia analógica “Filme Queimado” realiza 5ª edição no Eixo Monumental Evento gratuito reúne amadores e profissionais apaixonados pela arte de fotografar com oficina, garimpos, raridades e sessão de cinema ao ar livre Fotógrafos amadores ou profissionais amantes da fotografia analógica têm encontro marcado neste sábado (15), para a 5a edição da feira Filme Queimado, de 15h às 20h, em frente à Biblioteca Nacional (Eixo Monumental). A feira de fotografia analógica é gratuita e promove a troca de experiências para quem contraria a tendência tecnológica que move o mundo, provocando seus praticantes a construírem suas narrativas fotográficas através dos filmes, dos negativos, dos papéis fotográficos e dos processos manuais de revelação. Os interessados terão a oportunidade de fazer uma oficina de revelação alternativa, garimpar relíquias e assistir a uma sessão de cinema ao ar livre. A Filme Queimado terá relíquias, como venda materiais de fotografia analógica em geral, câmeras de todos os preços e formatos, filmes fotográficos rebobinados raros e até com efeitos especiais, lentes, disparador, tripé, equipamentos analógicos raros, livros, revistas e acessórios. O evento também é uma excelente opção de passeio e oportunidade para mostrar aos filhos como eram as câmeras antigamente. E para quem está com o orçamento um pouco mais apertado, mas quer investir em uma analógica, também pode garimpar uma câmera por um precinho amigo para começar a clicar. Oficina de Métodos Alternativos de Revelação Para os aventureiros que quiserem experimentar um gostinho e aprender mais sobre esta arte, haverá a Oficina MAR (Métodos Alternativos de Revelação). A proposta explora outras formas de filmes preto e branco, utilizando plantas e diversos agentes naturais. Os participantes terão a oportunidade de aprender técnicas artesanais e acessíveis, que possibilitam a criação de imagens com materiais facilmente disponíveis, promovendo uma abordagem mais sustentável e criativa da fotografia. A aula será ministrada por Vinícius Campos, cineasta multifacetado, diretor, produtor, laboratorista e educador. Desde 2018, ele pesquisa métodos alternativos de revelação a partir de plantas e outros agentes que culminaram no desenvolvimento do processo de revelação P&B com cachaça, conhecido como Cachaçanol. Vinicius conta que há um aumento no público interessado em fotografia analógica e que são pessoas que nunca chegaram a ter contato com câmera e filmes na infância. “A oficina de métodos alternativos de revelação vem com objetivo de baratear os custos para quem quer experimentar novos mecanismos fotográficos e demonstrar que é possível desenvolver nossas próprias ferramentas trazendo o processo fotográfico mais próximo de uma produção artesanal onde cada imagem que geramos se torna única”, explica Vinícius. Foto: Vinícius Campos Foto: Vinícius Campos Foto: Vinícius Campos A oficina inclui câmera e filme a ser utilizado. São apenas 20 vagas, ao valor de R$ 50. Para participar, é necessário fazer a inscrição neste link. Cronograma: 15h às 16h – Apresentação e conteúdo teórico, introdução à oficina e aos objetivos, princípios básicos da fotografia analógica. Explicação dos processos químicos tradicionais de revelação. Introdução aos métodos alternativos de revelação utilizando plantas e outros agentes naturais. 16h às 17h – Sessão de fotografia com divisão dos participantes em 4 grupos de 5 pessoas. Saída pelos arredores da Biblioteca Nacional para capturar imagens (duração de até 1 hora). 17h às 18h30 – Atividade prática de revelação. Cada grupo prepara seu próprio revelador preto e branco utilizando os materiais fornecidos. Revelação dos filmes capturados durante a sessão de fotografia e discussão e análise dos resultados obtidos. 18h30 – Encerramento com exposição e apreciação das imagens reveladas por todos os grupos, discussão sobre os desafios e aprendizados do processo. Encerramento da oficina com uma breve reflexão sobre a importância de métodos alternativos e acessíveis na fotografia analógica. Sessão de cinema ao ar livre Ainda em celebração à arte, também acontece mais uma sessão realizada pelo coletivo Cinema no Olho da Rua e Feira Filme Queimado. Sob o céu estrelado de Brasília, os cinéfilos terão a oportunidade de mergulhar em uma experiência única, contemplando quatro filmes brasileiros contemporâneos, todos produzidos nos formatos físicos de 8mm e 16mm. O evento conta com a colaboração da Biblioteca Nacional de Brasília e terá início às 20h. A sessão é para todas as idades. Basta trazer sua canga, cadeira ou almofada e aproveitar. Os filmes selecionados para esta sessão refletem a riqueza da produção cinematográfica brasileira e também a busca incessante por novas formas de linguagem e experimentação. Confira os filmes que serão exibidos: A Garimpeira 5:14′ – (SP), dir. Lais Sambugaro, Híbrido (2023) A Garimpeira espia a história de Camilla Gonçalves, fundadora de um dos maiores brechós do Brasil. Através de seus olhos, vemos a magia contida em roupas e objetos de segunda mão e como viver uma vida vintage cria uma nova maneira de ser em um mundo de consumo acelerado. O mini documentário mistura câmeras digitais e analógicas em um garimpo de linguagens e texturas. Rema nascentes 16:44′ – (SP), dir. Ж, Híbrido (2023) A luta coletiva pela cosmocidade multiespécies no território ancestral do Quilombo Saracura, hoje bairro do Bixiga, São Paulo. Suplício Noturno 13:00′ – SP, dir. Joao Rubio, 16mm (2022) Isabella morre de uma doença cerebral e se junta a um anjo obcecado pela cotidianidade do apocalipse. Ao mesmo tempo, um português recém-chegado ao Brasil importuna um Uber religioso. Júpiter em Ascensão 3:00′ – PR, dir. Ligia Texeira e Francisco B. Gusso, Super 8 (2023) Uma evocação aos espíritos da terra. Filmado entre os dias oito e nove de outubro de dois mil e vinte dois. Programação: – 15h – Abertura – 15h às 18h30 – Oficina de Métodos Alternativos de Revelação – 20h – Sessão Cinema no Olho da Rua Fotos: Luiz Nova. 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