Saúde com Estilo “Estudos não conseguem fazer uma relação direta e convincente entre a deficiência da vitamina D e o Covid-19”, Clayton Camargos O déficit de vitamina D é confirmado por meio de exames de sangue específicos. De acordo com a OMS, há insuficiência quando a concentração é menor do que 30 ng/ml (nanogramas por mililitro de sangue). Valores abaixo de 10 ng/ml são classificados como insuficiência grave. Dosagens iguais ou superiores a 30 ng/ml estão na faixa da normalidade, cujo limite máximo é 100 ng/ml. Cientistas da Universidade de Turim, na Itália, recomendam tomar vitamina D para combater a pandemia de Coronavírus. O estudo elaborado pelos italianos analisa as possíveis causas do contágio da Covid-19 e propõe a vitamina D não como cura, mas como ferramenta para reduzir o risco de agravamento da infecção. Os dados preliminares coletados em Turim indicam que muitos pacientes hospitalizados por covid-19 apresentam carência de vitamina D. A compensação pela ampla deficiência desse nutriente pode ser alcançada principalmente pela exposição à luz solar, tanto quanto possível, mesmo em varandas e terraços, e também alimentando-se de alimentos ricos em vitamina D, como arenque e óleo de baleia. E, sob supervisão médica, tomando suplementos específicos. A investigação, também se apoiou nas recomendações da British Dietician Association, e investigou o papel que a hipovitaminose D poderia desempenhar: o que na Itália, nessa pandemia, afeta grande parte da sua população, especialmente os idosos. Na pesquisa, os autores sugerem aos médicos e nutricionistas que assegurem níveis adequados de vitamina D na população, sobretudo, nos indivíduos infectados com Coronavírus e seus familiares, nos profissionais de saúde, em idosos frágeis, nos residentes de asilos, nas pessoas que estão em quarentena e em todos aqueles que, por várias razões, não se expõem adequadamente à luz solar. Além disso, a administração da forma ativa de vitamina D, o calcitriol, por via intravenosa, em pacientes portadores de Coronavírus e com função respiratória particularmente comprometida também pode ser considerada. Segundo os pesquisadores, essas indicações derivam de inúmeras evidências científicas que demonstraram um papel ativo da vitamina D na modulação do sistema imune, e sua associação com a carência desse nutriente com inúmeras doenças crônicas que podem reduzir a expectativa de vida em idosos, ainda mais no caso da contaminação por covid-19. “Os estudos que temos relacionando Vitamina D com processos virais não são conclusivos, e sim especulativos. Se aqui no Brasil, estima-se que pelo menos 25% da população tem carência de vitamina D, e estamos falando de um país de abundância solar, imagina no hemisfério norte que a fotoexposição ao sol é limitada em razão das questões climáticas. E os estudos majoritariamente são feitos por lá. A deficiência de vitamina D no hemisfério norte é crônica, e se pronuncia no inverno. A bem da verdade, por exemplo, os estudos não conseguem fazer uma relação direta e convincente entre a deficiência desse nutriente e o Covid-19. O que cremos é que as investigações apresentam muito mais coincidências bioestatísticas do que uma evidência. Nesse momento, toda sorte de informação acontece, inclusive, vestidas de algum suporte científico, mas nem sempre tem profundidade”, disse o nutricionista Clayton Camargos. Vitamina D nos alimentos Vitamina D é o nome geral dado a um grupo de compostos lipossolúveis que são essenciais para manter o equilíbrio mineral no corpo. As formas principais são conhecidas como vitamina D2 (ergocalciferol: de origem vegetal) e vitamina D3 (colecalciferol: de origem animal). 1 colher (sopa) de óleo de fígado de bacalhau — 227% da quantidade diária recomendada 85 g de salmão cozido — 75% da quantidade diária recomendada. 85 g de atum enlatado com água — 26% da quantidade diária recomendada 85 g de fígado de boi cozido — 7% da quantidade diária recomendada 1 ovo grande (com gema) — 7% da quantidade diária recomendada. Quando a quantidade mínima recomendada não é atingida temos a opção da reposição/suplementação que deve ser feita apenas com acompanhamento de um especialista. Facebook Comments Redação Compartilhar Anterior“Esse corona tem um propósito divino que a raça humana não consegue alcançar”, Rita Lee. PróximoCOVID-19: Governo de Brasília amplia isolamento social até 3 de maio. Veja o que abre e fecha no DF. 01/04/2020