Entretenimento Da Terra que Somos: exposição de Sonia Dias une natureza e arte no Museu da República Abertura acontece nesta quinta-feira (21) A exposição “Da Terra que Somos”, da artista Sonia Dias Souza, convida, nesta sexta-feira (21), o público brasiliense para uma reflexão sobre a transformação da natureza, a relação do homem com ela e o seu lugar no universo. Com curadoria e texto crítico de Agnaldo Farias, a mostra estreia no Museu Nacional da República, em Brasília, e instiga os visitantes a se engajarem em uma discussão urgente sobre a sobrevivência e a preservação do planeta, especialmente em um momento em que as crises climáticas se intensificam gerando medo e insegurança. Sonia Dias Artista apaixonada pela essência da vida, Sonia desenvolveu um olhar crítico alimentado por leituras cruzadas entre ciências como a Física, a Biologia, com destaque à Botânica, e mitos cosmogônicos extraídos da História das Religiões e de visões do sagrado. A artista acredita que ao abordar questões fundamentais como criação, ciclos de vida e regeneração, insere o espectador em uma reflexão sobre a qualidade de sua relação com o todo. A arquitetura intrincada de suas peças, aliada as suas materialidades enfáticas, abrange uma vasta gama de formas simbólicas e outras aparentadas com organismos biológicos. Sua investigação varre desde estruturas e aspectos fundamentais do corpo humano, como o sangue, a fertilidade, a comunicação entre tudo o que existe, as raízes das artes expandindo-se por debaixo de terra, o cosmos — que os gregos entendem como ordem — e o vazio, essa substância intangível que parece rodear cada coisa que existe. Suas obras, frequentemente puxadas para o marrom vivo, sangrado, e para o azul profundo, semelhante ao azul do artista francês Yves Klein, com o qual ele pretendia juntar-se ao infinito do céu, exploram ciclos, interseções, atentam para a complexidade de tudo que existe. “O sangue não tem cor” figura entre as obras apresentadas. Composta por pequenas esferas de feltro, semelhantes a hemácias cujo ciclo de crescimento é interrompido ela alerta para a expansão vertiginosa por descontrolada do antropoceno, ao mesmo tempo em que conduz a questões centrais na discussão contemporânea sobre identidade, alteridade, raça e etnia. “Vórtice”, por sua vez, utiliza círculos de terra para formar o triângulo invertido, forma feminina arquetípica, um útero a simbolizar fecundidade e transformação. “Magna” reúne mais de uma centena de seios de argila negra – símbolos da nutrição e da criação, conectados a ovos vermelhos – expressão plena e proliferante do início da vida. Essas criações artísticas promovem um diálogo rico sobre as relações entre o natural e o artificial, o efêmero e o eterno, a unidade e o todo. A exposição promete ser uma experiência enriquecedora e transformadora, refletindo a profunda conexão entre arte, natureza e espiritualidade. Serviço Da Terra que Somos” – Sonia Dias de Souza Local: Museu Nacional da República Setor Cultural Sul, Lote 2, Brasília-DF Abertura: 21 de novembro às 19h00 Período expositivo: De 21 de novembro a 17 de fevereiro de 2025 Horários de visitação: Terça a domingo – 9h às 18h30 Entrada gratuita Facebook Comments Redação Compartilhar AnteriorFábula de sombras, música e movimento une Brasil e o Reino dos Países Baixos Nenhum Artigo 20/11/2024