Beleza Como prevenir lesões na pele pelo uso excessivo de máscaras? Em meio à pandemia da Covid-19, as máscaras se tornaram um item indispensável no dia a dia. São de materiais, modelos e cores diversificados, atendendo todos os gostos e necessidades. Especialistas alertam que como o uso é obrigatório na maioria dos estados muitas pessoas estão tendo lesões de pele nas regiões de contato com a máscara. A dermatologista Adriana Isaac, membro da American Academy of Dermatology, explica que as lesões dependem, antes de tudo, do tipo de máscara que a pessoa está utilizando. “No caso das máscaras de tecido, que são de uso rotineiro pela população, a maior parte das lesões estão localizadas na região ao redor da boca, nariz e bochechas. Podem surgir pápulas (bolinhas avermelhadas) ou pústulas (amareladas) nessas áreas, confundindo muitas vezes com espinhas. Isso acontece especialmente se a pessoa vem usando a mesma máscara sem intervalo apropriado e limpeza adequada”, afirma a especialista. Vale ressaltar que de acordo com as recomendações da ANVISA, as máscaras de tecido devem ser utilizadas por até 3 horas. Isso porque elas podem acumular sujeira e suor, além de secreções vindas da boca e do nariz. Para evitar o surgimento desses tipos de lesões decorrentes das máscaras de tecido, a dermatologista recomenda: “É importante fazer a higiene da face diariamente, lavando o rosto com água e sabonete pela manhã e à noite. Manter a pele hidratada, lavar a máscara com água e sabão e sempre deixar secar bem”, finaliza. Ainda de acordo com a Drª Adriana, como as máscaras cirúrgicas são utilizadas geralmente em serviços de saúde e são descartáveis, o risco de lesões cutâneas é bem menor. Já a máscara N95 vem sendo muito utilizada nos hospitais, justamente por ser a que mais protege. “Pele avermelhada, pápulas, áreas machucadas e descamativas, são as alterações cutâneas mais comumente relatadas devido ao uso prolongado desse tipo de máscara. Podem ocorrer queimação na pele, coceira e dor. Os locais mais comumente afetados são o nariz e as bochechas”, explica a médica. A dermatologista reforça que quem usa a máscara N95 deve hidratar a pele diariamente com produto indicado para o tipo de pele. “Nas áreas de fixação da N95, onde ocorrem maior contato e atrito, deve-se proteger de forma mais efetiva a superfície da pele. Isso pode ser feito através de uma camada grossa de pomada lubrificante (tipo de assadura) ou usando curativos como micropore, silicone, hidrocolóide, etc”, afirma. Em boa parte dos casos, essas medidas já previnem o surgimento das lesões, mas algumas pessoas podem precisar de tratamento mais específico. A decisão de como tratar e quais produtos usar deve ser feita, preferencialmente, pelo médico dermatologista. Facebook Comments Redação Compartilhar AnteriorBurning Man 2020 será totalmente digital com novas experiências PróximoAdiado: H&H anuncia nova data para 2021 do evento a bordo de um navio 27/08/2020