A inauguração da mostra — no Museu Nacional da República, em Brasília — reuniu mais de 400 pessoas, entre artistas, autoridades, curadores e colecionadores
Na última quinta-feira (25), no Museu Nacional da República, em Brasília, foi inaugurada a exposição “Brasília, a arte do planalto”, uma mostra coletiva que reúne mais de 300 obras de cerca de 150 artistas brasileiros, com curadoria de Paulo Herkenhoff e cocuradoria de Sara Seilert. Realizada pela FGV Arte, espaço experimental e de pesquisa artística da Fundação Getulio Vargas, em parceria com o Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), a abertura da mostra contou com a presença do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, que ressaltou o papel da escritora e pioneira de Brasília, Vera Brant, na consolidação cultural e política da capital federal.
“Na Brasília dos anos 1960, a figura de Vera era símbolo de união. Amiga do realizador da nova capital, Brant teve uma significativa participação ao lado de Darcy Ribeiro na construção da Universidade de Brasília, instituição central na luta pelo restabelecimento da democracia após o período ditatorial. O resgate histórico de Vera soma à mostra o olhar crítico feminino sobre Brasília, que vai além da política, trazendo referências desde as tradicionais cerâmicas das mulheres karajás até as esculturas surrealistas de Maria Martins”, disse Gilmar Mendes. O ministro ressaltou ainda que a diversidade das obras presentes na exposição testemunha a potência criativa da reunião de inspirações artísticas de todo o país e gera uma riqueza cultural única em sua capital.
O curador Paulo Herkenhoff destacou a importância da escritora mineira de Diamantina, a quem se refere como “a mulher horizonte”, amiga de Gilmar Mendes, de Juscelino Kubitschek e do candango de Brazlândia, o artista Galeno, que tem obras em destaque na mostra. “Também Betty Bettiol, uma das pioneiras na arte de Brasília e que constituiu esse universo social e cultural, está aqui representando a primeira geração de artistas da cidade”, disse o curador. “Ministro Gilmar Mendes, espero ter realizado minimamente a proposta de uma exposição vasta sobre Brasília que pudesse abrigar ao máximo a representação da cidade e fazer a justa homenagem à mulher horizonte”, concluiu.
Patrícia Paraguassu, secretária adjunta da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, ressaltou que a mostra é uma grande oportunidade para ampliar a visibilidade e reconhecer o potencial cultural que a capital do país possui “nada mais justo que o Museu Nacional da República seja o palco desse importante momento”. A noite de abertura contou com as performances “Cartório de registo de identidade restaurada”, do artista Christus Nóbrega, e “Respiração Mais”, dos Irmãos Guimarães.
Confira abaixo as fotos de quem passou pela inauguração:
Sobre a mostra
A exposição “Brasília, a arte do planalto” segue até o dia 24 de novembro, no Museu Nacional da República, em Brasília. A mostra retrata a história da cultura artística do planalto, sua diversidade e complexidade e seus desdobramentos contemporâneos e apresenta a capital federal como um lugar do feminino, que parte da inspiração de Vera Brant, um nome que atravessa a história nacional a partir da criação de Brasília até a produção artística contemporânea brasileira.
Serviço:
Exposição “Brasília, a arte do planalto”
Museu Nacional da República Brasília — DF
Setor Cultural Sul, Lote 2, próximo à Rodoviária do Plano Piloto | Brasília – DF
Terça-feira a Domingo, das 9h às 18h30
Entrada gratuita
Em cartaz até 24 de novembro de 2024
Fotos: Eduardo IFF.
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