Entretenimento Cia Catavento apresenta o espetáculo “Hi.a.to”no Teatro Plínio Marcos Capital recebe espetáculo que está em sua primeira circulação nacional A Catavento, companhia circense de Goiânia (GO), estará em Brasília neste sábado (10/6) para apresentar seu mais novo e maduro trabalho. “Hi.a.to” será apresentado no Teatro Plínio Marcos, no Eixo Cultural Íbero-Americano, às 20 horas. A entrada é franca. O espetáculo, que teve a sua estreia em 2021, ganha a sua primeira circulação nacional neste ano passando ainda por Goiânia (GO), Anápolis (GO), Porto Alegre (RS), Santa Cruz do Sul (RS), Campo Grande (MG), Uberlândia (MG) e Fortaleza (CE). Esse projeto conta com apoio do Fundo Estadual de Cultura de Goiás. O espetáculo, que apresenta ao público números com trapézio, tecido e passeio aéreo, ainda oferece uma trilha sonora autoral que oferece uma experiência estética e sensorial sobre esses sentimentos narrados por Nicknig. Ao longo dos últimos anos, o diretor tem investigado bastante sobre a técnica circense nas acrobacias aéreas e difundido bastante o trabalho com os aéreos dinâmicos. Além disso, tem se debruçado sobre questões estéticas em busca de possibilidades e formas do fazer circense. “Hiato leva para cena um pouco do que foram esses últimos anos, revelando um novo momento técnico e estético do nosso trabalho”, comenta o diretor. A circulação Um catavento para a companhia: é como Felipe Nicknig define a circulação desse espetáculo neste momento. Neste ano em que completam onze anos, a circulação vem como oportunidade de dar vazão ao que construíram ao longo desses anos e fortalecer ainda mais o trabalho da companhia. Durante essa última década, a Catavento realizou diferentes frentes de trabalho com a intenção de construir trabalhos que pudessem circular por outras cidades, estados e países. “Acredito que essa circulação chega num momento que, por pelo menos dois anos, viemos construindo: este movimento de expandir nossos horizontes, extrapolar os muros da nossa atuação em Goiânia e no estado de Goiás”, comenta o diretor. Viajar pelo país levando um trabalho autoral, além de dar visibilidade para a companhia, é uma oportunidade ímpar de crescimento e maturidade, segundo Nicknig. A circulação, comenta, traz um novo ritmo de trabalho, diferente ao que estão habituados em Goiânia. “Aprender como é fazer circo e arte em cada lugar, se deparar com diferentes públicos, com diferentes profissionais de outras cidades e estados provoca muitas reflexões e intercâmbios”, comenta o diretor. Felipe Nicknig conta que a escolha das cidades contemplou o desejo de circular de norte a sul do país. Além disso, eles se pautaram nas relações que já tinham cultivado com artistas, produtores e espaços que desenvolvem trabalho com circo e teatro. Assim, foi possível incluir no projeto oito cidades, além de Goiânia, para receber o espetáculo. “Para nós é importante expandir os trabalhos da Cia Catavento para outras cidades e estados e também garantir esses intercâmbios com grupos que já desenvolvem trabalhos em suas regiões. Porque isso soma muito com o trabalho de divulgação da circulação bem como da própria companhia e de seus trabalhos”, comenta o diretor. Sobre o espetáculo Para que serve a utopia? Quando Eduardo Galeano foi interpelado por essa questão ele respondeu: “para caminhar”. É esse sentimento que move Felipe Nicknig, diretor da Companhia Catavento, e que o inspirou na criação de “Hi.a.to”, uma primeira aproximação do trabalho de investigação de Nicknig sobre instabilidade e estabilidade. “Caminhar é transitar nesta linha tênue que se constitui entre a estabilidade e instabilidade. Este caminhar é sobre a vida, sobre o viver, sobre todos os desafios, anseios, medos e coragens que se interpõem na caminhada contra a nossa vontade”, compartilha o diretor sobre os sentimentos que atravessam esse espetáculo. Hiato, na língua portuguesa, significa o encontro de duas vogais que pertencem a sílabas diferentes, ou seja, se constituem, estão juntas e separadas ao mesmo tempo. Também representa o encontro de duas pessoas em cena que experimentam essa linha tênue entre instabilidade e estabilidade, equilíbrio e desequilíbrio, competitividade e cooperação, explorando as possibilidades desta relação, sem romper com nenhum dos lados, afinal de contas é necessário certa prudência ou a vida seria impossível, ou então muito breve. Facebook Comments Redação Compartilhar AnteriorO alívio depois do caos - Ópera de câmera 'Happy Hour' lembra a pandemia, mas passa mensagem de união e esperança PróximoFunn Festival: Feriado prolongado com Bruno e Marrone, 3030, Kevin O Chris, Buchecha, Atitude 67, Manu Gavassi e Anavitória 05/06/2023