Arte Centro Cultural Banco do Brasil apresenta em Brasília mostra retrospectiva da japonesa Chiharu Shiota Com curadoria de Tereza de Arruda, Linhas da Vida reúne trabalhos que datam do início da carreira de Shiota, em 1994, até instalações inéditas inspiradas no Brasil A transitoriedade dos ciclos da vida, a memória e a própria experiência pessoal inspiram a obra da japonesa Chiharu Shiota. Conhecida principalmente por seus trabalhos site specific em grande escala, frequentemente compostos por emaranhados de linhas, Shiota é autora de uma obra multidisciplinar, desdobrada em suportes diversos: são instalações, performances, fotografias e pinturas. A artista tem sua extensa obra celebrada na mostra retrospectiva Linhas da Vida, em cartaz de 3 de março a 10 de maio no Centro Cultural Banco do Brasil Brasília. Com curadoria de Tereza de Arruda e produção da Base7 Projetos Culturais, a exposição passou pelo CCBB de São Paulo (13 de novembro a 27 de janeiro) e, após a exibição na capital federal, segue para o CCBB no Rio de Janeiro (10 de junho a 31 de agosto de 2020). Nascida em Osaka e radicada há 23 anos em Berlim, Shiota iniciou sua carreira artística em 1994, tomando a pintura como principal suporte. Todavia, logo descobriu que o espaço bidimensional era limitado para seu processo criativo e expandiu para as outras linguagens. Linhas da Vida reúne cerca de 70 obras que datam desde o início de sua produção artística aos dias atuais. “Há certos motivos que acompanham Chiharu Shiota por toda sua carreira e surgem paralelamente em sua produção, a exemplo de objetos pessoais como chaves, vestuário, cartas, mobiliário e, ainda, elementos ícones da transitoriedade, como barcos”, explica a curadora. “Fotografias, vídeos, desenhos, gravuras e objetos foram selecionados meticulosamente para uma imersão no universo de Chiharu Shiota”, completa. Organizada em cinco núcleos, a exposição é um convite de Shiota para que o visitante faça reflexões sobre a vida, seu propósito, conexões e memória. “Quero unir as pessoas no Brasil, não importando sua origem, status social, formação educacional, nacionalidade ou qualquer outro fator divisor. Como humanos, devemos vir juntos e questionar o nosso propósito na vida e por que aqui estamos”, afirma a artista. Na mostra, o público vai poder conferir grandes instalações inéditas, como o site specific Além da Memória (2019), obra inspirada na diversidade do povo brasileiro, criada em diálogo com a arquitetura moderna do Centro Cultural Banco do Brasil. Suspensa, com 13m de altura e em forma de uma espécie de teia, a instalação é composta por mais de quatro mil folhas de papel em branco. É um convite para que o público idealize sua própria história e resguarde sua memória. No decorrer do período expositivo, o público pode participar de atividades gratuitas no Espaço de Convivência do Programa CCBB Educativo – Arte e Educação. O objetivo é proporcionar aos visitantes um diálogo com algumas das características da obra de Shiota e de questões tangentes aos processos de criação, como espaço, memória e identidade. As atividades serão conduzidas por educadores do centro de arte e tecnologia JA.CA e podem ser realizadas em grupos ou individualmente. Fotos: Ding Musa Facebook Comments Redação Compartilhar AnteriorIlgiorno realiza feirinha de carnaval para toda família PróximoBairro da Turma da Mônica chega ao ParkShopping para diversão da criançada 14/02/2020