Décor Casapark Prime e Hill House apresentam Confraria da madeira No dia 19 de setembro, às 19h, o Casapark, em parceria com a multimarcas Hill House, recebem o público para o Casapark Prime Talks Confraria da madeira, com os renomados designers brasileiros Fernando Mendes, Julia Krantz e o mestre marceneiro japonês radicado no Brasil Morito Ebine, que em comum têm na madeira seu principal material de trabalho. Voltado principalmente para arquitetos e designers de interiores participantes do Casapark Prime, o programa de relacionamento do Casapark, também podem se inscrever pessoas interessadas pelo assunto, mas sujeitas à disponibilidade de vagas. O Casapark Prime Talks acontece no Espaço Casa, localizado no Mezanino da Livraria da Travessa, no Casapark. As inscrições são gratuitas e as vagas limitadas a 150 lugares. Interessados devem se inscrever pelo Sympla. Desde 2006, os designers Fernando Mendes e Julia Krantz fazem visitas regulares à oficina do mestre marceneiro Morito Ebine, motivados pela paixão compartilhada pela marcenaria. Nesse espaço criativo, eles trocam conhecimentos, exploram técnicas milenares de encaixe e aprendem a dominar ferramentas específicas para cada projeto. A colaboração do trio é marcada por descobertas e inspirações, com Morito, um artesão japonês que se mudou para o Brasil há 15 anos, compartilhando sua expertise e, ao mesmo tempo, absorvendo novas ideias dos designers. Juntos, formaram um grupo unido, que de um encontro casual passou a se reunir para experimentar, discutir e criar. Suas colaborações resultaram em designs únicos de móveis, com cada sessão gerando novas ideias e projetos. No Casapark Talks, os membros da confraria abordarão as questões que tangenciam o processo criativo e o uso da madeira em suas produções individuais e em coletivo. Sobres os designers Fernando Mendes é arquiteto, designer e marceneiro, nasceu em São Paulo e desde 1984 vive no Rio de Janeiro, cidade onde fica seu atelier, uma marcenaria contemporânea que usa ferramentas manuais e técnicas artesanais na produção de móveis e objetos desenhados por ele próprio e pelo mestre Sergio Rodrigues com quem trabalhou e conviveu por mais de trinta anos. Há vinte e dois anos atuando no segmento de marcenaria de design, Fernando Mendes é um destes criadores contemporâneos que faz da madeira seu principal meio de realização. Respeita às técnicas tradicionais da marcenaria, o que não quer dizer que a concepção do seu trabalho seja tradicional. Recebeu diversos prêmios por sua obra autoral como o If design, Design preis Deutschland e o Prêmio Museu da Casa Brasileira. Hoje, também, mantém uma oficina no Vale das Videiras, região serrana do Rio de Janeiro, para desenvolver os protótipos. Além de dirigir seu Atelier, atualmente é presidente do Instituto Sergio Rodrigues. Julia Krantz é formada em Arquitetura e Urbanismo pela FAU-USP. Paulistana de nascimento, filha de mãe alemã, a madeira permeou seu entorno desde sempre, nas ambientações que sua mãe elaborava em suas moradias, na marcenaria vizinha à casa de seu pai, que Julia observava curiosa por cima do muro que os separava, na natureza exuberante da mata atlântica que os envolvia nas inumeráveis descidas da serra rumo ao litoral norte de São Paulo. Criança ainda desenhou sua primeira peça de mobiliário, uma cama inspirada em um filme dos Beatles, confeccionada com maestria pelo Rômulo, marceneiro italiano de mão cheia, vizinho de seu pai. Mal sabia ela que seria esse seu ofício de vida. No terceiro ano da FAU teve a oportunidade de construir um protótipo de cadeira, e seu encantamento com o trabalho na oficina orientou sua carreira dali em diante. Fez cursos de marcenaria em São Paulo e abriu seu ateliê três anos após graduar-se. Seu aprendizado consolidou-se quando conheceu Morito Ebine, que em seguida a apresentou ao Fernando Mendes. “A confraria rendeu anos de encontros permeados de discussões em torno da nossa parceira, a madeira”, diz. “Meu trabalho hoje se distribui em três frentes principais: Criação, desenvolvimento e produção de peças de mobiliário utilitárias, usando técnicas tradicionais de encaixe e madeiras nativas maciças; Elaboração de peças que transitam entre design e arte, utilitárias sim, mas com uma aproximação maior do aspecto escultural, desde sua volumetria e organicidade até a forma de produção, com utilização do laminado de madeira colado, prensado e esculpido; e produção de esculturas e gravuras a partir de vivências sensoriais captadas nas viagens, músicas, encontros, filmes, nas emoções que me movem”, completa. Nascido no Japão, o mestre Morito Ebine chegou no Brasil em 1995. Montou sua oficina em Santo Antônio do Pinhal, interior de São Paulo e, desde então, desenvolve suas peças que são tão criativas nas formas quanto ancoradas nos processos mais tradicionais dos encaixes. Em 2015, Morito também começou um projeto que realizou sua maior ambição – o ensino da marcenaria. Primeiro aprende-se afiação, para depois iniciar a construção de uma cadeira. Apenas ferramentas manuais são utilizadas: serrote, formão e plaina. As instruções minuciosas e cheias de metáforas indicam a importância dos encaixes e orientam o desenvolvimento das habilidades mais refinadas para executá-los. Mais de 500 alunos já frequentaram suas aulas, não seria exagero afirmar que Morito promove, com seu conhecimento e generosidade, o ressurgimento da marcenaria de encaixes no Brasil. Facebook Comments Redação Compartilhar AnteriorAlessandra Oliveira brinda sua estreia na CASACOR Brasília com coquetel especial PróximoNipo Festival está de volta com novas atrações no Taguatinga Shopping 17/09/2024