Celebridades A NOVA PRIMEIRA-DAMA Vem conhecer a trajetória de Michelle Bolsonaro, seus interesses e causas 29.10.18 – Da redação Fotos: Reprodução O novo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, eleito neste domingo, 28/10 com uma diferença de 10% do petista Fernando Haddad, toma posse ao lado da nova primeira-dama no dia 01/01/2019 no Palácio do Planalto em Brasília. Mas você conhece ela? A mulher de Jair Bolsonaro, Michelle de Paula Firmino Reinaldo Bolsonaro, mãe de sua filha caçula, Laura, de oito anos, se manteve discreta durante toda a campanha eleitoral. Só apareceu em propaganda de TV na última quinta-feira, 25, suavizando a imagem do marido e o descrevendo como "um cara humano, que se preocupa com as pessoas" e "muito brincalhão". Fluente na Língua Brasileira de Sinais, Michelle tem se apresentado como uma defensora dos direitos das pessoas com necessidades especiais. Fez a ligação de Bolsonaro com essa comunidade, incentivando-o a assinar um termo de compromisso para melhorar a qualidade de vida dos deficientes. Na reta final da corrida presidencial, Michelle foi apresentada como uma possível primeira-dama ligada a projetos sociais, "uma mulher forte e sensível que estará junto com Jair Bolsonaro trabalhando pelo Brasil", como descrita na propaganda. Evangélica praticante, ela é frequentadora da Igreja Batista Atitude, na Barra da Tijuca, bairro da zona oeste do Rio onde fica o condomínio à beira-mar em que o casal mora. Ela já avisou ao marido e à sua equipe que não vai se arriscar em discursos e cenas de protagonismo, como Marisa Letícia, mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e Marcela Tedeshi Temer, casada com o presidente Michel Temer. A sua origem Nascida em Ceilândia, uma das regiões administrativas do Distrito Federal, Michelle de Paula é filha de Maria das Graças Firmo Ferreira e do motorista de ônibus aposentado Vicente de Paulo Reinaldo, apelidado de “Paulo Negão”, natural de Crateús, no Ceará. Possui um meio-irmão paterno mais novo, Diego Torres Dourado integrante da Força Aérea Brasileira. Através de seu pai, Michelle é descendente de portugueses, negros e índios. Michelle de Paula teve sua primeira filha, Letícia (nascida em 2002), fruto de um antigo relacionamento com um funcionário de uma empresa de ônibus de turismo. Ela chegou a se inscrever em Farmácia na Universidade Estácio de Sá (UNESA), mas não fez o curso. Como conheceu Jair Michelle de Paula trabalhou como funcionária da Câmara dos Deputados entre 2006 e 2008. Começou ocupando o cargo de secretária parlamentar do deputado Vanderlei Assis(PP-SP), cujo mandato acabou recomendado para cassação pela CPI do Escândalo das Sanguessugas em agosto de 2006. Depois foi secretária do gabinete do deputado Dr. Ubiali (PSB-SP). Em junho de 2007, Michelle foi nomeada para a mesma posição na liderança do PP, permanecendo até setembro. Nesse período teve o primeiro contato com seu futuro marido, então deputado federal pelo partido, que logo se transformou em namoro. À época ela tinha 27 anos de idade e ele, 52. Conforme recordou mais tarde: “Tudo começou quando nos vimos pela primeira vez, no gabinete do Jair. Não demorou muito para termos a certeza de que queríamos dividir uma vida a dois”. Quando Michelle conheceu Jair Bolsonaro, esse já estava separado de sua antiga companheira Ana Cristina Valle, com quem teve uma união estável de dezesseis anos, dissolvida após um litigioso processo judicial iniciado em 2008. Em 18 de setembro de 2007, Michelle se tornou Secretária Parlamentar do gabinete de Bolsonaro. Apenas nove dias depois, eles firmaram o pacto antenupcial no 1°Ofício de Notas de Brasília. Com cerca de seis meses de relacionamento, eles registraram a união civil em novembro de 2007, quando ela acrescentou o sobrenome Bolsonaro a seu nome. Michelle tornou-se oficialmente, assim, a segunda esposa de Jair – a primeira foi Rogéria Bolsonaro. Como noiva e esposa de Bolsonaro, Michelle trabalhou em seu gabinete por um ano e dois meses, período em que acabou promovida e teve sua remuneração aumentada gradualmente. Antes de ingressar no gabinete de Bolsonaro, Michelle se enquadrava no CNE-13 (Cargo de Natureza Especial), com salário de R$ 2,9 mil. Com a contratação no gabinete de seu futuro marido, ela foi elevada à categoria SP26s (Secretaria Parlamentar), com remuneração de R$ 6.010,00. Sete meses depois, então recém-casada no civil, Michelle foi promovida por Bolsonaro ao cargo de SP28s, passando a receber um salário maior, de R$ 8.040. Em 29 de agosto de 2008, o STF editou a súmula que tratava do nepotismo, vedando a contratação de parentes até terceiro grau na administração pública. Tal medida afetou a contratação de Michelle, como esposa de parlamentar. A sua consequente exoneração só ocorreu em 3 de novembro de 2008, com efeitos administrativos contados a partir de 31 de outubro daquele ano. Casamento religioso e família Em 2011, Michelle Bolsonaro deu luz à filha do casal, Laura. O desejo de Michelle de ser mãe novamente fez com que Bolsonaro desfizesse a vasectomia, no Hospital Central do Exército. Seu casamento religioso com Bolsonaro, em 21 de março de 2013, ocorreu em uma casa de festas no Alto da Boa Vista, no Rio de Janeiro. A data foi escolhida para coincidir com os aniversários dos noivos Jair e Michelle, 21 e 22 de março respectivamente. A pedido da própria noiva, a cerimônia com 150 convidados foi conduzida pelo pastor Silas Malafaia, um dos líderes da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (Advec), da qual Michelle foi uma ativa integrante e frequentadora até o ano de 2016. O matrimônio dos Bolsonaro acabou sendo matéria da revista Festejar Noivas RJ em sua 20ª edição, da qual Michelle foi capa. A família Bolsonaro vive em uma casa de condomínio fechado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Nesse bairro, Michelle frequenta e auxilia a Igreja Batista Atitude desde quando deixou a Advec em 2016, após um temporário desentendimento entre o pastor Malafaia e Jair Bolsonaro durante a corrida eleitoral. Interesses e causas Michelle Bolsonaro já demonstrava interesse em ações sociais antes mesmo de conhecer seu marido Jair Bolsonaro. Em 2003, aos vinte e um anos, ela viajou à Bahia em uma missão humanitária para ajudar comunidades carentes. Desde sua exoneração na Câmara e durante a corrida eleitoral do marido, ela continuou se dedicando a atividades voluntárias em congregações religiosas. Enquanto frequentou a Advec, ela ajudava na organização de comemorações e eventos especiais, além de auxiliar na sua escola dominical. Ela atua como intérprete em Libras, a linguagem brasileira de sinais para surdos e mudos, sendo uma estudante da mesma e já tendo concedido entrevistas em Libras para incitar a inclusão social dessa comunidade. Seu primeiro contato com a língua para deficientes foi através de um tio surdo, que lhe ensinou o alfabeto manual. Porém, seu interesse em se aprimorar foi despertado em 2015, quando ela conheceu um casal de surdos em sua antiga igreja. Em 21 de outubro de 2018, durante a campanha eleitoral de seu marido, Michelle esteve ao lado de Jair Bolsonaro em encontro com a CBDS (Confederação Brasileira de Desportos de Surdos) para assinar um termo de compromisso com a comunidade surda. Michelle Bolsonaro também faz parte da ONG “Trupe Miolo Mole”, um projeto beneficente cristão de palhaçaria hospitalar para pacientes internados. Ela também já participou do projeto DADO – doeaquemdoer, voltado para a promoção da doação de sangue e medula óssea. Ela também já participou de campanhas de doação e distribuição de alimentos, como a Ação Social Amor Por Vidas. Facebook Comments Hendy Miranda Compartilhar AnteriorTIM COOK PróximoALL INCLUSIVE 29/10/2018