Entretenimento Premiado espetáculo “As Crianças” desembarca no teatro da CAIXA Cultural Brasília Peça teatral conta a história de três pessoas que se encontram em uma casa isolada à beira-mar, região devastada por acidente nuclear O Teatro da CAIXA Cultural recebe, nos dias dois, três e quatro de abril, o sucesso teatral As Crianças, escrito em 2016 pela premiada dramaturga inglesa Lucy Kirkwood. Sob a direção de Rodrigo Portella, a peça — indicada a 25 prêmios e vencedora de nove deles —, traz no elenco Analu Prestes, Mario Borges e Stela Freitas. Os ingressos custam entre R$ 15 (meia) e R$ 30 (inteira) e podem ser adquiridos na bilheteria do teatro ou no site da Bilheteria Cultural. As Crianças estreou em Londres, no ano em que foi escrita, e até hoje levanta duas camadas de reflexão: na esfera individual, fala da relação do ser humano com a passagem do tempo e seu inventário de perdas e ganhos; já no âmbito coletivo, trata de discussões éticas sobre a responsabilidade com o uso dos recursos do planeta e com as gerações futuras. Reparação e redenção são temas da peça que volta seu olhar para os catastróficos resultados da interação entre os humanos e a natureza. Estruturalmente, a peça se sustenta pelo desvendamento progressivo dos sentimentos desses personagens que, aos poucos, vão mostrando não só seus problemas afetivos, mas também a profunda crise ética em relação ao seu papel na sociedade em que vivem. Paralelamente à questão nuclear, o texto investe nas particularidades da vida desses três indivíduos – sua relação com os filhos (ou a opção por não os ter), a proximidade da morte, a traição, as omissões, a fantasia e o desejo. Trata-se de um grande desastre a espelhar os pequenos desastres de três vidas. Vencedor dos prêmios Cesgranrio, APTR e Botequim Cultural, o diretor Rodrigo Portella lembra que a discussão da peça está para além da questão nuclear. “Ela nos provoca a pensar em como usamos os recursos disponíveis. Entendo que Kirkwood quer que pensemos em nossa responsabilidade com as futuras gerações. Para mim, a grande pergunta da peça é: salvar as crianças de um futuro catastrófico é um ato de heroísmo ou uma obrigação?”, questiona Portella. A peça pode ser considerada uma tragédia cômico-delirante e conta com 80 minutos de duração. A obra é recomendada para maiores de 14 anos e tem sessões marcadas de terça, com início sempre às 19h. Fotos: Divulgação. Facebook Comments Redação Compartilhar Anterior"Cowboy Carter" de Beyoncé desenha nova era da moda PróximoShows movimentam o Bosque Park Norte neste fim de semana 02/04/2024