Fashion Trend Louis Vuitton apresenta nova e maior coleção de alta joalheria Um dos capítulos mais empolgantes da joalheria são as gemas, tanto pelo colorido quanto pela composição única. Encontradas em rochas na crosta terrestre, são o resultado de processos geológicos ocorridos em milhões de anos. A nova e maior coleção de alta joalheria da Louis Vuitton olha para essas transformações mágicas ocorridas na natureza. Batizada de Deep Time, propõe uma viagem profunda passando pelo nascimento do planeta e a criação da vida. Dividida em dois atos, Geology e Life, engloba 16 temas, destes, 13 estão no primeiro capítulo da coleção, com 95 peças, apresentada em junho, não por acaso na Grécia, berço da civilização ocidental, com cenografia criada pelo Estúdio Campana. No total, deverão ser mais de 170 peças com um número recorde de pedras para a maison. “Deep Time vai transportá-la para o passado, para um tempo e lugar remotos”, afirma Francesca Amfitheatrof, diretora artística de relógios e joias da grife francesa. Nas joias, a designer chama a atenção para a justaposição de texturas e camadas, além da versatilidade, fazendo com que possam ser usadas de várias maneiras – exercício que ela vem colocando em prática nos últimos cinco anos –, e gemas fascinante adquiridas para se adequar aos temas. “Temos essa ambição de encontrar as pedras mais bonitas, que em Deep Time estão todas ligadas a um tema, sejam elas formadas a partir de lava, rochas de diferentes continentes ou simbolizando uma ideia”, diz Francesca. “É uma celebração do passado, mas também da beleza da natureza e da incrível fragilidade da vida”, acrescenta. A jornada preciosa de Geology começa com Gondwana – nome do supercontinente que existiu há mais de 200 milhões de anos e que continha rochas de 3,6 bilhões de anos, antes de se dividir no que hoje são África, América do Sul, Antártida, Índia e Austrália – que abre espaço para uma seleção exclusiva de raras esmeraldas colombianas, que não receberam o usual óleo de cedro ou resina natural para preenchimento de falhas e para melhorar sua claridade. Elas são pontos de cor em um colar de platina de sete fileiras, pontuado ainda por um V e um diamante no formato da flor do monograma. São 259 diamantes e sete esmeraldas com uma rara tonalidade de azul, sendo a mais poderosa com 4,51 quilates. Complementam brincos geométricos que contornam o formato da orelha cravejados com duas esmeraldas em um total de 9,29 quilates e um anel com esmeralda de 8,08 quilates. “É uma maneira de falarmos sobre linhas e veios gemológicos, que muitas vezes são os mesmos”, explica Francesca. Volcano, por sua vez, evoca erupções e atividade sísmica e é traduzido em cores quentes, em uma explosão exuberante de 168 quilates de granadas mandarim e turmalinas rosa framboesa – duas pedras que também se formam naturalmente no intenso calor e pressão da lava. Cheio de volume, mas vestindo como uma segunda pele, o colar é polvilhado com 15 diamantes com lapidação LV Monogram Star que exigiram um total de 2 mil horas de trabalho. Um segundo colar em estilo medalhão pode ser transformado em um broche – uma maneira moderna de multiplicar o uso de uma joia.Wave olha para outro evento geológico cataclísmico: os tsunamis que arrebatam e esfriam a terra. A inspiração resulta em um colar que lembra uma onda – e também uma gola alta – com destaque para uma safira do Sri Lanka no tom azul royal com corte oval e 40,80 quilates, que pode ser usada separada como pingente. “A onda se curvando sob o pescoço é um design extraordinário”, analisa a designer. Pulseira, brincos e anel completam o conjunto. Já Rupture, referência a centenas de milhões de anos de movimento das placas tectônicas e separação do supercontinente, inspira um audacioso colar que mistura pedras, corrente bold e uma delicada “renda” de diamantes e se desdobra em duas joias. O resultado é sofisticado com um quê de esportivo. As pedras do colar foram selecionadas por seu legado e história: o zircão, um dos minerais mais antigos, anterior ao diamante, se une à intensa luminosidade laranja das safiras e a opalas mexicanas vindas de uma mina fechada há 150 anos. “Ninguém realmente usou zircões em alta joalheria. Isso é incomum”, explica Francesca. Drift é uma ode ao sol e ao mar por meio do contraste entre água-marinha e safira amarela, que aparecem em um colar de ouro branco vazado e entrelaçado com uma construção em zigue-zague de duas camadas de diamantes totalizando mais de 194 quilates. O segundo ato, Life, começa com Origin, com joias trabalhadas exclusivamente em ouro branco e diamantes. O movimento da vida ganha forma em um colar de fios entrelaçados e convergentes de diamantes, que se torcem em uma sutil assinatura em “V” e padrões Chevron, tendo ao centro um poderoso diamante em lapidação brilhante de 10,21 quilates, uma das pedras mais importantes da coleção. O desenho em espiral aparece também na pulseira e nos brincos. As peças de Myriad também são ricas em movimento – lembrando a torção do DNA – e paleta pura. A peça traz, ainda, um diamante destacável de 4,11 quilates lapidado como LV Monogram Star, que pode ser usado como pingente em outra corrente. “Fósseis são literalmente como a literatura, a caligrafia que o planeta nos deixou”, analisa poeticamente a designer sobre esse tema. Aqui, a peça mais importante é um colar de três voltas diferentes e tubulares, repletas de detalhes minuciosos desde vários padrões até cravação de pedras (incluindo bisel, garras, corte personalizado e pavé). O icônico padrão Damier da Maison é interpretado em ouro branco e diamantes, e complementado por um segundo fio de contas de ouro branco moldado em um padrão de treliça de diamantes em pavê. Unindo as três voltas estão uma safira do Sri Lanka de 27,83 quilates e um diamante com lapidação Monogram Star de 5,52 quilates. A peça exigiu 1.740 horas de trabalho e pode ser usada de três maneiras diferentes. Dezessete esmeraldas e rubis são estrelas de Plants. A joia principal é um colar duplo com formato tubular desenhado para contornar o pescoço. “Porque as primeiras plantas eram todas cilíndricas”, explica Francesca. A base em ouro branco e amarelo sustenta, ainda, 11 diamantes com lapidação LV Monogram de mais de 16 quilates. Já Flight celebra os pássaros. Com 15 peças, é a mais extensa família da coleção e reúne diamantes e rubis. Um anel de coquetel traz um rubi de Moçambique sangue de pombo – sinônimo de grande qualidade e extrema raridade – de 7,67 quilates, uma das pedras mais importantes de Deep Time. O colar mais elaborado exibe penas formando asas que se enrolam em forma de V, destacando um rubi de 4,17 quilates. Bones tem como destaque o colar mais complexo já feito pela Louis Vuitton, com estrutura rígida e franja, que traz em primeiro plano uma opala da Austrália de 43,58 quilates e uma rara turmalina Paraíba de 20,93 quilates brasileira, além de 91,74 quilates de tanzanitas. Fluido e completamente articulado, mas arquitetônico e multidimensional, foi projetado para ser usado de quatro maneiras diferentes, incluindo a separação da turmalina Paraíba, que vira pingente, e das franjas. Em Seeds, um alegre colar de fio único com padrão de treliça em ouro e diamantes segura 13 suculentos cabochões de rubelita e granada espessartita totalizando 256 quilates. Brincos e pulseira completam o set. Por fim, o tema Flowers é representado por uma flor em camadas do monograma LV em um colar medalhão alternando rubis em tons de framboesa e safiras rosa. E, pela primeira vez, a coleção de alta joalheria é acompanhada por nove bolsas de luxo. “Começamos por um supercontinente e terminamos com uma flor. A natureza não é inspiradora?”, indaga a designer. Facebook Comments Redação Compartilhar AnteriorDua Lipa solta spoiler de novo single nas redes sociais PróximoEm evento movimentado, CASACOR Brasília realiza lançamento de "A Grande Beleza: Inspiração", o mais novo photobook de Pedro Ariel Santana 30/10/2023