Satélite DF Corredores vazios: museus europeus esperam visitantes após reabertura Desde que reabriram pouco a pouco a partir de maio, museus na Europa têm mais com que se preocupar do que apenas medidas anti-contágio: segundo levantamento do jornal NYT, essas instituições tem recebido, em média, apenas um terço do volume de visitas em comparativo com o mesmo período do ano passado. O tradicionalíssimo Louvre, por exemplo, reporta 4,5 a 5 mil visitantes ao dia, contra 15 mil deles em 2019. O Rijksmuseum em Amsterdã, que abriga uma enorme coleção dedicada a Rembrandt, viu o número de curiosos cair de 10 mil ao dia em 2019 para apenas 800. Já o conterrâneo Museu Van Gogh é visitado por apenas 400 pessoas diariamente (eram 6,5 mil até ano passado). No geral, museus contam com menos pessoas do que o previsto pelas novas regras de lotação máxima. Rijksmuseum Para essas instituições, o maior rombo tem a ver com o turismo. A União Europeia começou a reabrir fronteiras entre países de dentro e fora do bloco em maio, um processo que agora é complicado por uma segunda onda de infecções no continente: ao menos sete países da região registraram alta no número de novos casos da Covid-19 e de mortes pelo vírus. Cidades como Paris, Londres e Berna, na Suíça, retomaram medidas restritivas como toques de recolher, proibições de eventos em lugares fechados e a obrigatoriedade do uso de máscaras. Apenas na semana passada, mais de 8 mil pessoas morreram da doença na Europa. A crise abala cada museu de forma diferente, já que seus modelos de negócios se diferenciam um dos outros – há aqueles cuja receita depende mais dos contribuintes e do governo (como o Rijksmuseum), e outros no qual o caixa vem em grande parte da venda de ingressos, um formato que vem ganhando fôlego nos últimos anos: cerca de 200 dos mais de 300 museus privados espalhados pelo mundo foram erguidos após a virada do milênio. Países como Reino Unido, Alemanha, França e Holanda já anunciaram pacores de subsídios para manter museus funcionando. Mas muitos deles também apostam em mudanças: o Hermitage em Amsterdã, por exemplo, uma exposição sobre peças medievais foi reformulada para contar com um enfoque maior em armas e armaduras. “É mais atraente para famílias com crianças pequenas, o que, de certa forma, é um novo público para nós”, diz ao NYT Paul Mosterd, um dos diretores da instituição. Facebook Comments Redação Compartilhar AnteriorEditorial Outubro Rosa: marca presenteia mulheres com roupas exclusivas em apoio ao câncer de mama PróximoDrª. Adriana Isaac, médica dermatologista, levantou os 10 maiores mitos e verdades da Harmonização Facial 20/10/2020