Entrevistas Impactos do Coronavírus: empresários da Maxime Noivos e Black Tie falam sobre a reabertura da loja no Lago Sul A rápida disseminação da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, gerou consideráveis impactos nas formas de consumo e de mercado, incluindo aqueles relacionados à indústria da moda. A moda, além da aviação e do turismo, é uma das três áreas mais suscetíveis à queda de vendas durante e após a pandemia. No final de março, o Conselho Administrativo da Federação de Alta Costura e Moda da França (FHCM) precisou cancelar a Semana de Moda Masculina de Paris, que aconteceria entre 23 e 28 de junho, e a Semana da Alta-Costura, agendada para iniciar em 5 de julho. Situações assim também ocorreram na Itália; com a Câmara Nacional da Moda Italiana adiando a Semana de Moda Masculina para setembro (o mesmo mês da Semana de Moda Feminina). No Brasil, a São Paulo Fashion Week cancelou seus desfiles e o adiamento do evento para compradores, Veste Rio. Grandes, pequenas e microempresas dos setores de varejo de moda precisaram fechar as portas por um período de até 90 dias. Isso mexeu com aproximadamente cerca de 70% da economia mundial. Equipes reduzidas e até demitidas, fluxo zero de clientes e falências chegaram até 40% no Brasil. Surgem várias questões como: qual será o “novo normal” após a reabertura das lojas? O que os empresários estão planejando, reinventando e preparando para o futuro? Conversamos com os empresários da Maxime Noivos e Black Tie, Bruno Anderson e Wagner Espíndola, inaugurada em 2016, excelência em ternos e black tie masculinos para casamentos e noites solenes sociais. A marca oferece conforto e o bem estar para o homem moderno, com produtos de venda, locação e a confecção de trajes sob medida. Como a pandemia modificou o seu negócio? Para este ano estávamos com perspectiva de aumento no número de casamentos e festas sociais, e foi onde a pandemia veio e mudou nossos planos. Ficamos parados por dois meses até vir o decreto de abertura gradual do comércio, o que não foi suficiente, pois dependemos de “festas” e elas ainda não estão acontecendo. Tivemos então de nos reestruturar para passar por mais essa crise. Qual ação você precisou tomar para se reinventar? Com a diminuição de casamentos e festas sociais, alteramos a rotina da loja com horários alternados dos nossos colaboradores, o atendimento que antes era aberto (a pessoa podia chegar a qualquer hora) agora passou a ser agendado na semana e nos sábados para evitar aglomeração, e estamos seguindo todos os protocolos para um bom atendimento. A principal alteração foi focar mais nas vendas que antes era de 15% e agora temos um aumento de 60%, isso com os nossos clientes novos e antigos. Qual o impacto da pandemia no seu negócio? Tivemos um impacto de 70% na diminuição de números de casamentos que seriam realizados este ano, a maioria foi adiada para o ano de 2021. As medidas anunciadas até agora pelo governo são suficientes? Como vemos, as medidas que foram anunciadas não foi suficiente devido a uma série de burocracias solicitadas pelos bancos, quem não tinham um Capital de Giro para suportar pelo menos o período que ficamos fechamos. Muitas empresas começarão do zero, tudo de novo, como está sendo a sua recuperação? Como disse, estamos começando novamente. Tivemos que fazer algumas ações para atrair os clientes, ou seja, abaixamos os valores atuais em 35% e 45% em alguns itens para assim continuar funcionando. Como você imagina o futuro do seu nicho? Este é um período que vai passar, mas infelizmente teremos que lidar com ele até o surgimento de uma vacina. Vejo esse crescimento que teríamos este ano passar para 2021, onde será um ano que as pessoas vão querer estar mais reunidas, se confraternizando, com mais casamentos, formaturas e etc. Um ano para comemorarmos juntos mais uma vitória. Facebook Comments Hendy Miranda Compartilhar Anterior+55design estreia na SP ARTE com linha exclusiva da Metro Arquitetos antes de desembarcar em Brasília Próximo"Fashion Photography From The 1990." Claudia Schiffer assina curadoria de exposição na Alemanha 24/08/2020