Entretenimento Favela Sounds chega à quarta edição com shows de Black Alien, Tássia Reis, Tuyo, Majur, Shevchenko & Elloco e mais 24 atrações Festival acontece entre os dias 11 e 17 de novembro, em várias RAs do DF e shows no espaço Arena Lounge do Estádio Nacional Mané Garrincha O Favela Sounds – Festival Internacional de Cultura de Periferia chega à sua 4ª edição em 2019, oferecendo ampla programação gratuita ao público do DF. Com o objetivo de conectar periferias do Brasil e do mundo no DF, sendo um panorama e um apontador de tendências da música de quebrada, o festival acontece entre os dias 11 e 17 de novembro. Apresentado pela Oi, com apoio da Oi Futuro, o festival acontecerá em diversas RAs do DF e terá sua etapa final no espaço Arena Lounge do Estádio Nacional Mané Garrincha. Neste ano, Favela Sounds é a rua do mundo. A rua que conecta línguas, pessoas, referências e identidades. A rua do passado, presente e futuro, da memória de um povo, da acelerada transformação da língua e linguagem, das manifestações, da música. O festival, que reivindica e preza por um espaço democrático de convivência, se inspira nas ruas, becos e vielas de todas as cores e de toda a gente, visando ser um retrato da diversidade. Mais do que localizações geográficas, para o festival, “favela” é a identidade que une as vozes daqueles que superam a opressão de alguma forma, seja ela sofrida contra seus corpos, escolhas ou comportamentos. Para o Favela Sounds, a rua é lugar afirmação, onde múltiplas vozes têm vez e onde pontes são construídas. Em 2019, o Favela Sounds apresenta diversas surpresas ao público. Uma novidade desta edição é que o festival ganha mais uma etapa – Favela Talks, sendo dividido em cinco blocos de atividades. O primeiro, voltado à formação de jovens na cadeia produtiva da cultura é chamado de Ralação. Nesta etapa, serão apresentadas quatro oficinas profissionalizantes, que acontecem entre os dias 11 e 14 de novembro, em diferentes RAs do DF. DJ Donna A primeira é de discotecagem, ministrada pela DJ Donna (DF), eleita como melhor DJ pelo prêmio Women’s Music Event em 2018, e será realizada na Casa Akotirene, exclusivamente para o público feminino. Já a segunda é de beat making, e terá como instrutor Felipe Pomar, integrante da banda Trap, Funk & Alívio (BA) – que também compõe a programação do Baile do festival – e será realizada na UAMA do Paranoá. O objetivo da oficina é ensinar aos jovens técnicas de produção de beats – parte essencial na produção de faixas de funk e rap, por exemplo –, de modo que eles possam trabalhar de seus próprios computadores. A terceira oficina do festival tem como tema condutor a literatura negra e também será para um público exclusivamente feminino. As aulas serão ministradas por Zane do Nascimento e Hellen Rodrigues, criadoras do projeto Escrevivências, que tem como objetivo apresentar um novo mundo de palavras produzido por autoras que encabeçam a produção da literatura negra-feminina brasileira. A oficina tem como meta de ser fonte de inspiração para poetas e pessoas interessadas na arte da escrita. A última oficina é voltada aos empreendedores de quebrada e será ministrada em parceria com o Sicoob, no Complexo Cultural de Planaltina. Na oficina de Educação financeira para empreendimentos criativos, profissionais do Instituto Sicoob apresentarão aulas sobre como administrar financeiramente um pequeno negócio e oferecerão ainda uma “clínica” para os participantes que quiserem aconselhamentos individuais sobre seus negócios. A segunda etapa do festival acontece nos dias 13 e 14 de novembro e é chamada de Papo Reto. Nela, o Favela Sounds adentra três escolas da Rede Pública de Ensino do DF com um convidado especial para uma conversa motivadora e um pocket show. Repetindo o sucesso de 2018, a rapper e historiadora Preta Rara (SP) será a responsável por essas apresentações, contando um pouco sobre sua trajetória enquanto mulher negra, periférica e ex-empregada doméstica, estabelecendo uma conexão com a realidade vivida pelas crianças e adolescentes que recebem a atividade. Em sua terceira etapa, “Tamo Junto”, realizada entre os dias 11 e 14 de novembro, o Favela Sounds chega a três Unidades do Sistema Socioeducativo do DF para dialogar com jovens que cometeram infrações e estão cumprindo medidas educativas com ou sem privação de liberdade. A rapper e pedagoga Vera Verônika (DF) é a condutora desta atividade que tem como objetivo inspirar os jovens em seus passos pós-cumprimento das medidas. Além de um espaço de troca de experiências e diálogo, Vera Verônika apresenta um pocket show e abre o microfone para jovens que queiram compartilhar um pouco de suas criações musicais. Uma das grandes novidades do Favela Sounds 2019 é o Favela Talks, etapa de diálogos abertas ao público e inspirada no formato TED Talks, na qual figuras importantes no universo da produção cultural/musical de quebrada são convidadas para compartilhar um pouco de suas experiências de vida e profissão. Na estreia, dia 15 de novembro, na Birosca do Conic, o Favela Talks recebe Ana Paula Paulino (MG), empresária e produtora artística responsável pela carreira de grandes nomes do funk como MC Carol, Heavy Baile e Abronca. Também se soma à programação Preta Rara, com o lançamento de seu livro “Eu, empregada doméstica” (2019), e um pouco de sua história de vida, levando ao público do festival as experiências até então compartilhadas nas escolas públicas. Quem encerra esse ciclo e o muralista inglês Dreph, convidado da primeira residência artística do festival (realizada entre 01 e 15 de novembro, no Sol Nascente). Ele dividirá suas experiências enquanto artista plástico, que já retratou rostos de importantes figuras da diáspora em algumas das maiores cidades do mundo, e um pouco da sua experiência com os jovens do Sol Nascente. O Favela Sounds ainda promove uma festa de abertura logo após o Favela Talks, também da Birosca do Conic. O evento acontece a partir das 22h, com a presença de alguns nomes do festival. Djam Neguim (Cabo Verde), DJ Donna (DF), Felipe Pomar, do TrapFunk&Alívio (BA) e Tyrone (DF) animam o ponta pé inicial da maratona musical. O evento terá cortesias com entrada gratuita até às 23h. Fechando com chave de ouro a programação do Favela Sounds, o Baile ocupa o espaço Arena Lounge do Estádio Nacional Mané Garrincha com uma programação com 20 nomes e um demonstrativo de algumas das melhores produções atuais da música de periferia. Realizado nos dias 16 e 17 de novembro (sábado e domingo), o Baile contará com nomes nacionais, internacionais e presenças importantes da cena musical periférica do DF. O sábado começa às 16h30, com abertura do Afoxé Ogum Pá (DF), parte do Ilê Axé T’oju Labá, com um cortejo de abre caminhos para o início dos shows. Após o cortejo, Doralyce (PE) sobe ao palcocom show do disco Canto da Revelação (2017). Em seguida, se apresentam Taliz (DF), rapper que tem ganhado destaque no cenário local, Majur (BA), que conquistou o cenário nacional dividindo com Emicida e Pablo Vittar os vocais do single “Amerelo”, e Alt Niss (SP), rapper paulista que lança na cidade seu elogiado álbum “A Linha Tênue”. Quem também sobe ao palco é a banda Gato Preto (Moçambique/Alemanha), pela primeira vez na América Latina, que chega ao Favela Sounds com apoio do Goethe-Institut para realização de seu show afrofuturista e hipnotizante, aclamado em alguns dos palcos mais importantes do mundo. Além deles, compõem a programação Enme Paixão (MA), artista drag queen que traz a cultura dos paredões maranhenses ao universo pop LGBT, DJ Byano (RJ), criador do baile da Chatuba e residente no Baile da Gaiola, com o melhor do funk carioca 150 BPM e o DJ Tyrone (DF) com um apanhado de grandes clássicos do funk. Vandal Também se apresenta no sábado a rapper Tássia Reis (SP). Com mais de 10 anos de carreira e tendo marcado a produção do rap feminino no Brasil, ela lança em Brasília seu mais sólido trabalho, o álbum “Próspera”, elogiado pela crítica e que promete ser sensação entre o público da cidade. Quem fecha a programação do dia é a banda Shevchenko & Elloco (PE), donos das paradas de sucesso de Recife e com milhões de visualizações no Youtube, o grupo é um dos maiores destaques do movimento brega-funk, sendo unanimidade em festas e pistas pelo Brasil. O domingo, tem início às 17h30, com o grupo de samba 7 na Roda (DF), promovendo uma grande roda para começar o dia em alto astral. Segue-se a eles Prethaís (DF), rapper da nova geração do DF e uma das fundadoras da Casa Akotirene traz suas letras fortes e pungentes ao palco. Quem vem em seguida é a banda Tuyo (PR). Com vozes doces e letras que falam de amor, o grupo já conta com grande número de fãs e tem sido pedida certa nos principais festivais do país. Djam Neguin (Cabo Verde) é a segunda atração internacional do festival. Fruto da participação do Favela Sounds no Atlantic Music Expo (AME 2019 – com apoio do programa Conexão Cultura #Negócios), o artista se apresenta pela primeira vez no Brasil, com sua pegada R&B dançante. A Bahia chega em peso ao segundo dia de Baile, com Vandal, rapper veterano e ao mesmo tempo propulsor de tendências no Hip Hop de Salvador; Trap, Funk & Alívio, banda do Nordeste de Amaralina que, tal como o nome indica, mistura trap e funk em um show enérgico e de alto impacto visual, e a contagiante Dama do Pagode, um dos principais nomes da novíssima e empoderada geração de mulheres líderes de bandas pagode baiano de Salvador. Ela promete um show típico dos paredões mais conhecidos das periferias da Bahia, sendo a compositora de letras mais fortes e de maior apelo popular de sua geração. Ainda se somam ao festival DJ Donna (DF), com set diferenciado de rap, R&B e afrobeat, e Iasmin Turbininha (RJ), primeira mulher a produzir funk 150 BPM no Rio de Janeiro e residente do Baile da Nova Holanda. Quem fecha a noite é Black Alien (RJ), rapper carioca que lança o disco “Abaixo de Zero: Hello Hell”, indicado por público e crítica especializada como disco do ano de 2019 e vencedor do Prêmio Multishow na mesma categoria. Com show renovado e ao lado dos beats criados pelo produtor Papatinho, Black Alien traz ao palco canções que contam sobre sua difícil relação com as drogas e sua superação de seguir na arte e vivendo do rap, apesar de todos os desafios enfrentados. Outra ação importante do festival é o transporte gratuito para os dias de Baile. No sábado e no domingo, o Favela Sounds oferece ao público 10 ônibus saindo de diferentes RAs do DF com direção aos shows e retorno às mesmas localidades ao fim da noite. A lista de RAs atendidas será disponibilizada nas redes sociais do festival. Todas as atividades do festival são gratuitas. As inscrições para as oficinas e para o Favela Talks estão abertas e disponíveis no site do festival. A entrada para o Baile é gratuita nos dois dias até às 21h. Após esse horário, a entrada será mediante a doação de 1kg de alimento. É necessária emissão de cortesias para os dias de Baile via Sympla. As atividades em escolas públicas e no Sistema Socioeducativo são exclusivas para seus públicos internos. Guilherme Tavares e Amanda Bittar da Um Nome Produção e Comunicação Realizado pela Um Nome Produção e Comunicação, o festival conta com patrocínio da Oi e da Skol Puro Malte e apoio da Oi Futuro, Pontes, British Council, Goethe-Institut, Sicoob, Spotify, CMA Advogados, Secretaria de Juventude, Secretaria de Esportes, Secretaria de Justiça e Secretaria de Cultura do Distrito Federal. Este projeto é realizado com recursos da Lei de Incentivo à Cultura do Distrito Federal. Facebook Comments Redação Compartilhar AnteriorLET'S GO! 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