Destaques DIA MUNDIAL DE COMBATE AO AVC 29.10.18 – Da redação Fotos: Estúdio Marliére/Ilustração Dia 29 de outubro é comemorado o Dia Mundial de Combate ao AVC. Em todo o globo, cerca de 26 milhões de pessoas tiveram a doença e convivem com alguma incapacidade permanente em consequência das sequelas provocadas por ela. Todos os anos, 17 milhões de pessoas são atingidas pela enfermidade. No Brasil, o Ministério da Saúde estima que são, anualmente, 68 mil mortes são provocadas por AVC. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada seis pessoas terá um acidente vascular cerebral em sua vida. Neste ano, o tema de campanha de combate à doença pela Organização Mundial do AVC (World Stroke Campaign – WSO) é sobre "Reerguendo-se após um AVC", com foco nos desafios e triunfos enfrentados pelos sobreviventes e cuidadores do acidente vascular cerebral. Jovens na mira – A OMS estima que, no mundo, o AVC já é a segunda maior causa de mortes de pessoas acima dos 60 anos. No entanto, o que tem chamado mesmo a atenção dos especialistas é que a doença também tem atingido cada vez mais a população jovem: é a 5ª maior causa de mortes provocadas na faixa dos 15 aos 59 anos. No Brasil, foram 13 mil óbitos de brasileiros entre 15 e 40 anos, nos últimos cinco anos, de acordo com dados do Ministério da Saúde. O estresse pode ser um dos principais fatores para o aumento da doença entre a população mais jovem. "As comodidades como o uso constante do carro, do controle remoto e o fast food, por exemplo, também favorecem o agravamento dos riscos de AVC", explica o médico neurologista do Hospital Santa Lúcia, Dr. Cláudio Carneiro. Além disso, a hipertensão arterial, o colesterol elevado, o tabagismo e a diabetes também são considerados fatores de risco para o surgimento da doença. Exemplo de superação – Qualquer pessoa está sujeita a sofrer com este mal, que pode acometer quem menos se espera. Este é o caso de Fabiano Meira, 36 anos, atleta de alto desempenho da natação brasileira, ele teve um AVC durante um treinamento. "Eu estava dentro da piscina quando sofri a dor e percebi que parte do meu corpo estava dormente e não conseguia falar. Fui socorrido pelo meu professor que me levou em um primeiro hospital, no qual não consegui ser atendido. Depois desse aborrecimento, fomos para o Santa Lúcia, o atendimento foi muito rápido. Mais tempo e a situação ficaria muito mais grave", explica o agente federal. A importância da percepção nos primeiros sinais de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e o rápido atendimento num pronto-socorro, com o devido protocolo para o diagnóstico da doença, são fundamentais para a sobrevivência do paciente. Os sintomas das primeiras 4h30 após o AVC são de fundamental importância. "Tempo é fundamental. Após o acidente, a cada um minuto dois milhões de neurônios morrem", afirma o neurocirurgião do Hospital Santa Lúcia, Dr. Ivan Coelho Ferreira. Segundo o especialista, logo após o AVC, os sintomas podem variar, mas a perda de força repentina de um lado do corpo (boca torta, dificuldade para falar e/ou falta de equilíbrio) são alguns dos principais. "Uma dor de cabeça súbita e muito intensa também deve levantar suspeitas de um AVC hemorrágico, que atinge cerca de 10% dos casos", explica Coelho. O AVC hemorrágico é causado pelo rompimento do vaso sanguíneo, que provoca o vazamento de sangue no cérebro. Após o problema ser identificado no atendimento de urgência, a equipe médica deve avaliar a necessidade de uma neurocirurgia. Já o AVC isquêmico, que é o mais comum e ocorre em 90% dos casos, é causado pelo entupimento do vaso sanguíneo. Vale lembrar que quem já teve AVC e foi salvo, tem 4 a 6 vezes mais risco de ter outro acidente vascular cerebral. Hemodinâmica mais segura e moderna – Além da estrutura e do corpo clínico especializado, o centro médico do Hospital Santa Lúcia também trata como prioridade estratégica a segurança do paciente – fundamental para prevenção, controle e mitigação de eventos adversos nos serviços de saúde. Equipamentos de última geração também estão à disposição para um atendimento completo e rápido. Em 2017, o hospital adquiriu uma moderna máquina hemodinâmica GE Innova Biplane. O equipamento é o primeiro do Brasil instalado em ambiente hospitalar, e que permite a obtenção simultânea de imagens de alta resolução a partir de vários ângulos, fazendo o papel de duas máquinas em uma. A hemodinâmica é a área da ciência que estuda a circulação do sangue no organismo, e os pacientes que são diagnosticados com doenças cardiovasculares e nos vasos cerebrais necessitam de intervenções desta especialidade, como no caso de AVCs (Acidente Vascular Cerebral), por exemplo. "Para o paciente, as vantagens da nova máquina incluem o uso de menores doses de contraste e radiação; a diminuição do tempo de cirurgia, que implica menor tempo de anestesia; e uma maior precisão no implante de stents, micromolas e marca-passos, com menor risco e maior segurança", explica o Dr. Cláudio Carneiro. Facebook Comments Redação Compartilhar AnteriorSER/TÃO Próximo“ABRAÇO À SOMBRA” 29/10/2018